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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Conexão Brasília com o jornalista Olho Vivo Edmar Soares

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Brasília, 4 de fevereiro - Sexta-feira

- Combustíveis: A ala política do governo, segundo agências, endossou duas Propostas de Emenda à Constituição relacionada a preços de combustíveis que desagradam a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, e são consideradas riscos fiscais.

-  Na Câmara: O deputado Christino Áureo protocolou texto que permite aos entes federados reduzirem, entre 2022 e 2023, alíquotas de tributos sobre combustíveis e gás de cozinha, com impacto de cerca de R$54 bilhões anuais, no cálculo do Valor. Essa PEC contempla parte dos interesses de Guedes ao limitar temporariamente as reduções, acompanhadas de estimativa e respeito às metas de resultado fiscal.

- No Senado: Carlos Fávaro apresentou texto prevendo ampliar o auxílio-gás, mais subsídio para conter tarifaço de ônibus e auxílio-diesel para caminhoneiros, segundo a Folha de S. Paulo.

-  Aval: O presidente Jair Bolsonaro deu aval à articulação da PEC dos combustíveis que driblou o ministério da Economia, conforme Andréia Sadi, do G1. A articulação foi feita entre a Casa Civil, de Ciro Nogueira, e deputados do Centrão, além do próprio presidente da Câmara, Arthur Lira.

-  Controvérsias: Segundo o senador Jean Paul Prates, dois projetos podem avançar no Senado para responder à inflação dos combustíveis: o PL 1472, que trata do fundo de estabilização, a que Guedes se opõe, e o PLP 11, de mudanças tributárias.

-  Fundo: O porta-voz do Fórum dos Governadores, o petista Wellington Dias, do Piauí, afirmou ontem que os estados decidiram apoiar a mais recente versão de Prates para o projeto que cria o fundo de estabilização, pois “tem uma fonte que não desequilibra as receitas" dos entes federados. O texto prevê taxação da exportação de petróleo bruto e diretrizes para definição de preços.

-  Petrobras: O presidente da empresa de economia mista, Joaquim Silva e Luna, defendeu, em evento do Credit Suisse, a manutenção da atual política de preços, relata a CNN Brasil. Segundo ele, “segurar” preços poderia impactar o abastecimento do setor. No entanto, na prática, a companhia já tem represado ajustes.

-  Análise Scoop: É um problema fazer com que o governo, a Câmara, o Senado e os governadores cheguem a um consenso sobre uma solução aos combustíveis.

- PSD: Um encontro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, deve ocorrer na próxima terça-feira e terá como tema principal uma possível aliança para as eleições presidenciais, segundo apuração do Correio Braziliense. “É esse o recado que ele vai dar para o mercado, que não existe o Lula radical", uma fonte disse ao Correio.

- Alckmin: Aliados de Lula cravaram ao Valor Econômico que o petista deve anunciar até o fim de março a chapa presidencial tendo o ex-governador paulista como vice. Segundo essas fontes, o “casamento” está sacramentado. O PT abriu mão de candidatura em Pernambuco, facilitando o apoio do PSB a Lula, diz o Globo.

-  João Doria: O pré-candidato do PSDB, em aceno ao mercado, afirmou à CNN Brasil que a Petrobras será privatizada se ele for eleito. Doria informou que deverá definir sua chapa entre julho e agosto. Agências reportam tentativa do PSDB e MDB de formar federação partidária.-  Sergio Moro: O pré-candidato do Podemos disse em evento do Credit Suisse que o apoio de entidades civis é "muito mais relevante" que o de partidos políticos, reporta o G1. Moro afirmou estar conversando com partidos que apoiam uma agenda reformista.

Edmar Soares

Jornalista - DRT - 2321

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