Plataforma interativa auxilia
gestores, profissionais de saúde e cidadãos e traz informações para os
pacientes do SUS
Doença renal crônica (DRC) é
uma condição que afeta aproximadamente 1,5% dos brasileiros e a prevenção e
acompanhamento começam pela Atenção Primária, a principal porta de entrada do
Sistema Único de Saúde (SUS). Nesta terça-feira (1º), o Ministério da Saúde
lança a linha de cuidado sobre DRC em adultos, com um passo a passo
para os pacientes e informações sobre a doença.
A plataforma interativa
estabelece o percurso assistencial adequado dos usuários nos diferentes níveis
de atenção à saúde de acordo com suas necessidades, bem como as padronizações
técnicas relativas à organização do cuidado no sistema de saúde. É um material
que auxilia gestores (na organização e sistematização do cuidado),
profissionais de saúde (que podem elaborar estratégias para prevenção, rastreio
e atenção à pessoa com DRC) e a população (que tem a possibilidade de verificar
quais serviços procurar e acompanhar se está recebendo os cuidados previstos).
O secretário de Atenção
Primária do Ministério da Saúde, Raphael Câmara, ressalta que o diagnóstico
precoce pode ocorrer por ações de rastreamento de grupos de risco ou suspeita clínica
feita durante o acompanhamento de outras doenças. “A detecção precoce reduz a
progressão da lesão e facilita a recuperação dos pacientes. Por isso, a Atenção
Primária é tão importante nesse processo”, avalia.
É na porta de entrada do SUS
que são realizadas ações de promoção e prevenção de forma coletiva e
individual, identificando usuários dos grupos de risco, realizando o
diagnóstico precoce e instituindo tratamento adequado quando indicado.
Cenário brasileiro
O SUS é o responsável pelo
financiamento de cerca de 90% dos tratamentos de pacientes em terapia renal
substitutiva (TRS) no País, que compreende tanto a diálise (hemodiálise e
diálise peritoneal) quanto o transplante renal.
Segundo dados do Ministério da
Saúde, entre os fatores de risco para o desenvolvimento de DRC no Brasil estão
a hipertensão (33%), o diabetes (30%), as glomerulonefrites (9%) e a doença
renal policística (4%). A hipertensão e o diabetes são os principais fatores
que levam o paciente à terapia de substituição renal no mundo e associam-se a
50% dos casos de DRC terminal.
A prevenção envolve tratar e
controlar os fatores de riscos modificáveis; assim, a Atenção Primária assume
papel central no reconhecimento dos indivíduos sob risco de desenvolver DRC por
meio do cuidado longitudinal e resolutivo.
Acesse aqui a Linha de Cuidado da Doença Renal Crônica
em Adultos.
O projeto
As Linhas de
Cuidado trazem um protocolo clínico transversal a toda rede de atenção e
estabelece a trajetória mais segura para o paciente. O material traz
padronizações técnicas e informações em uma plataforma interativa e de fácil
navegabilidade, com conteúdos didáticos sobre diversas doenças e orientações
que organizam o atendimento no SUS.
Para a construção de cada
linha foi realizado o levantamento de dados de protocolos, diretrizes e normas
técnicas previamente estabelecidos pelo Ministério da Saúde e Secretarias de
Saúde estaduais e municipais.
Estão em desenvolvimento 17
linhas de cuidado. Atualmente, além de DRC, estão disponíveis as seguintes:
- Acidente Vascular Cerebral (AVC) no Adulto
- Diabetes Mellitus tipo 2 (Primeira Versão)
- Hepatites Virais
- Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) no
Adulto
- HIV / Aids no Adulto
- Obesidade no Adulto
- Tabagismo
- Transtorno do Espectro Autista (TEA) na Criança
As Linhas de
Cuidado são um projeto da Secretaria de Atenção Primária do Ministério da
Saúde, produzido em parceria com o Instituto para Avaliação de Tecnologia em
Saúde (Iats). Confira a plataforma neste link.
Laísa Queiroz
Ministério da Saúde
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