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terça-feira, 17 de maio de 2022

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Edmar Soares

16.05.2022

Câmara pode votar na terça-feira MP que permite renegociação de dívidas do Fies

*Mais sete MPs estão na pauta do Plenário, entre elas a que aumentou o salário mínimo em janeiro

A Câmara dos Deputados pode votar na terça-feira (17) a Medida Provisória 1090/21, que permite a renegociação de débitos junto ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) relativos a contratos formulados até o segundo semestre de 2017, momento a partir do qual o programa foi reformulado.

Segundo o governo, o estoque de contratos dessa época é de 2,4 milhões, com um saldo devedor total de R$ 106,9 bilhões perante os agentes financeiros exclusivos de então (Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil). A taxa de inadimplência desses contratos em atraso de mais de 90 dias gira em torno de 48,8%, somando R$ 7,3 bilhões em prestações não pagas pelos financiados.

A MP foi regulamentada parcialmente por resolução do Comitê Gestor do Fies (CG-Fies), que fixou o período de 7 de março a 31 de agosto de 2022 para o interessado procurar o banco a fim de negociar a dívida.

- Governo Bolsonaro avança sobre FGTS para tentar turbinar economia, e liberações já somam R$ 123 bi

*Volume liberado para saques em condições extraordinárias já representa 20% do saldo atual do Fundo

*As medidas foram anunciadas neste ano eleitoral como uma forma de o governo injetar recursos na economia, cuja previsão de crescimento este ano é de menos de 1%.

O total de saques extraordinários no governo Bolsonaro já é mais que o dobro do autorizado por Temer, o equivalente a R$ 58,8 bilhões em valores corrigidos. O governo Bolsonaro foi o que mais usou recursos FGTS para estímulos econômicos e sociais, e o avanço sobre o Fundo deve aumentar.

- Rodrigo Garcia evita embate na crise do PSDB, e aliados criticam Aécio

*Tucanos ligados ao atual governador falam em tentativa de mineiro de jogar culpa por desgastes de Doria

*Ainda sem definição sobre a disputa ao Palácio do Planalto, o PSDB viu sua crise interna se agravar após o deputado Aécio Neves (MG) afirmar à Folha que o presidente da sigla, Bruno Araújo, atuou para rifar o ex-governador João Doria com o objetivo de viabilizar a candidatura de Rodrigo Garcia em São Paulo.

Neste sábado (14), em carta enviada a Araújo, Doria também afirmou que havia uma movimentação interna para tirar o seu nome da disputa eleitoral, o que chamou de "golpe".

Com a escalada desses conflitos, o presidente do PSDB convocou uma reunião da executiva nacional da legenda para a próxima terça-feira (17), com o objetivo de discutir a eleição presidencial.

Em São Paulo, pessoas próximas a Rodrigo interpretaram as falas de Aécio como uma tentativa de jogar a culpa dos desgastes de Doria, que renunciou ao governo paulista no fim de março, no colo do seu sucessor.

- Lula em “modo demolição” ( Destaque da Gazeta do Povo – Curitiba)

O ex-presidente, ex-presidiário e ex-condenado Lula continua a deixar muito claro que, se voltar ao Planalto, pretende demolir o edifício da responsabilidade fiscal, erguido a duras penas ao longo de pouco mais de uma década e meia. E a demolição começará pelo teto – no caso, o teto de gastos, um dos principais legados do governo Michel Temer. No Twitter e em evento com reitores de universidades em Juiz de Fora (MG), o petista afirmou para quem quiser ouvir que, em seu governo, não haverá teto de gastos; só faltou explicar se ele pretende simplesmente ignorar a regra, ou se vai batalhar para uma mudança na Constituição, já que a limitação ao crescimento da despesa governamental está inscrita na Carta Magna desde 2016.

*Os argumentos do ex-presidente e pré-candidato estão recheados daquele simplismo que tem marcado as opiniões de Lula sobre uma série de outros temas, até mesmo de política internacional, sem falar de alguns truques semânticos. Para reduzir a dívida como porcentagem do PIB, indicador que no caso brasileiro está bem acima da média de países emergentes, Lula diz apenas que basta elevar o PIB, o que faz sentido em termos puramente matemáticos, mas na vida real é muito mais complicado de conseguir, além de revelar que não há a menor intenção em fazer um esforço de redução do gasto público.

- Bolsonaro volta a reclamar da Petrobras, mas não diz se trocará comando: ‘Pergunte para o Sachsida’

*Presidente da República também voltou a criticar a política de preços da estatal em meio ao aumento no preço dos combustíveis

Jair Bolsonaro (PL) voltou a reclamar da Petrobras neste domingo, 15, durante entrevista na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O chefe do Executivo, no entanto, não disse se irá substituir o atual presidente da estatal, José Mauro Coelho, que ocupa o cargo há um mês. Questionado por jornalistas sobre o tema, o presidente da República disse que

tal pergunta deveria ser feita para Adolfo Sachsida, responsável pelo Ministério de Minas e Energias (MME), e reforçou que dá “carta branca” para seus ministros.

*“Pergunta para o Adolfo Sachsida. Ele é o ministro das Minas e Energia e trata disso. E deixo bem claro: todos os meus ministros, todos, sem exceção, eu dou carta branca para fazer valer aquilo que ele achar melhor para o seu ministério para atender à população”, afirmou Jair Bolsonaro, sobre a eventual troca do presidente da estatal. “Por favor, Petrobras não quebre o Brasil. A margem de lucro deles, eu falei, é um estupro”, acrescentou o presidente, fazendo outra crítica.

- Justiça livra trabalhadores de custas com processos

*Questão deverá ser analisada pelo TST e Supremo

A Justiça do Trabalho tem garantido o direito à isenção de custas processuais (a chamada justiça gratuita) apenas com a apresentação de declaração de pobreza, inclusive em casos de ex-executivos que recebiam altos salários. A prática foi mantida pelos juízes mesmo após a reforma trabalhista (Lei nº 13.467, de 2017) limitar o benefício a quem ganha  baixos salários ou que comprove insuficiência de recursos - embora a norma não estabeleça que provas devem ser apresentadas.

*A situação gerou questionamentos no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e no Supremo Tribunal Federal (STF). Um processo foi levado em fevereiro à Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1), responsável por uniformizar a jurisprudência no TST. No STF, a Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif) ajuizou, no mês passado, uma ação para que a previsão da reforma trabalhista seja considerada constitucional.

-TCU pode revisar ressarcimento de R$ 3,8 bi ao erário

*Decisão de Fachin no STF abre margem para invalidar provas usadas pela Corte de Contas

*Uma decisão recente do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode levar o Tribunal de Contas da União (TCU) a revisar uma série de condenações impostas para reparar danos ao erário. Os processos envolvem pelo menos 19 pessoas físicas e seis jurídicas, com ordens de ressarcimentos e multas que ultrapassam R$ 3,8 bilhões.

Em um caso sobre o esquema de superfaturamento da Ferrovia Norte-Sul, Fachin afirmou que o TCU, ao condenar os envolvidos à restituição dos cofres públicos, não poderia ter utilizado provas obtidas a partir de uma delação premiada firmada apenas com a Procuradoria-Geral da República (PGR) - ou seja, sem a adesão prévia da Corte de Contas.

-Bolsonaro diz que Sachsida tem carta branca para mexer na Petrobras

"Obviamente, qualquer mexida vai conversar comigo", completou o presidente, que evitou falar em saída do atual presidente da Petrobras

*Em declaração a jornalistas neste domingo (15), o presidente Jair Bolsonaro (PL) evitou falar em saída do atual presidente da Petrobras. No entanto, afirmou que o atual ministro de Minas e Energia tem autonomia para fazer qualquer alteração na petrolífera.

“O Sachsida e todos os ministros, desde o início, tem carta branca sem exceção [para fazer qualquer alteração]. Obviamente, qualquer mexida vai conversar comigo. Mas confio 100% no Sachsida e tenho certeza de que ele será um bom ministro. Assim como o Bento [Albuquerque] foi. Mas, por uma questão pessoal, pediu para sair”, ressaltou Bolsonaro.

*Desde que o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, assumiu, integrantes do alto escalão da pasta cogitam uma possível saída de José Mauro Ferreira, que assumiu no mês passado.

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