"Os cientistas brasileiros
estão prontos para enfrentar os problemas", afirmou Marcelo Morales em
reunião dos coordenadores dos 71 projetos de pesquisa selecionados em chamada
pública do governo. Cientistas querem promover a integração de conhecimento
para acelerar resultados. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) reuniu nesta semana os coordenadores das 71 propostas
selecionadas pela Chamada Pública nº 14/2016, ação conjunta entre os
ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), da
Educação (MEC) e da Saúde, que destinam R$ 65 milhões a projetos de pesquisa
voltados ao controle do mosquito Aedes aegypti e à prevenção, ao diagnóstico e
ao tratamento da infecção pelo vírus zika e outras doenças relacionadas.
Durante o encontro, o diretor
de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do CNPq, Marcelo Morales, destacou
o esforço do governo federal e o protagonismo do Brasil nas pesquisas sobre o
zika. "Os cientistas brasileiros estão prontos para enfrentar os
problemas", afirmou.
Na visão dele, a consolidação
do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação e a visão estratégica do
Ministério da Saúde foram fundamentais para os resultados já obtidos e as
promissoras descobertas em andamento.
Lançado em junho pelos
ministros Gilberto Kassab e Ricardo Barros, o edital dispõe de R$ 30 milhões do
MEC, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes), R$ 20 milhões da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos
Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE) e R$ 15 milhões do MCTIC e do Fundo
Nacional de
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (FNDCT), via CNPq.
Os coordenadores dos 71
projetos se reuniram de quarta (30) a quinta-feira (1º) no Seminário Marco
Zero, na sede do CNPq, junto a membros do comitê julgador e de relevância
social da chamada pública, além de técnicos e gestores dos órgãos envolvidos,
para discutir ajustes metodológicos.
Cooperação
Prevista no edital como uma
etapa do processo de contratação dos projetos, a reunião debateu o melhor
aproveitamento dos resultados das pesquisas, a fim de estabelecer diretrizes e
formar parcerias capazes de integrar conhecimento e contribuir para a interação
entre pesquisadores que trabalham dentro de linhas temáticas semelhantes.
Os projetos têm duração média
de 48 meses e precisam se inserir em um das nove eixos disponíveis:
desenvolvimento e avaliação de repelentes; epidemiologia e vigilância em saúde;
estratégias para controle de vetores; fisiopatologia e clínica;
imunobiológicos; imunologia e virologia; inovação em gestão de serviços de
saúde, saneamento e políticas públicas; novas tecnologias diagnósticas; e
tecnologias sociais em educação ambiental e sanitária.
Selecionados em meio a 529
propostas inscritas, os 71 projetos se distribuem por três faixas de recursos:
até R$ 500 mil, de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão e de R$ 1,5 milhão a R$ 2,5
milhões. Os comitês aprovaram pesquisas de 33 instituições de 15 estados e do
Distrito Federal, sobretudo Sudeste e Nordeste, regiões contempladas com 39 e
21 inciativas, respectivamente.
Fonte: CNPq
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