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domingo, 4 de dezembro de 2016

Diretor do CNPq destaca protagonismo brasileiro nas pesquisas sobre zika

"Os cientistas brasileiros estão prontos para enfrentar os problemas", afirmou Marcelo Morales em reunião dos coordenadores dos 71 projetos de pesquisa selecionados em chamada pública do governo. Cientistas querem promover a integração de conhecimento para acelerar resultados. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) reuniu nesta semana os coordenadores das 71 propostas selecionadas pela Chamada Pública nº 14/2016, ação conjunta entre os ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), da Educação (MEC) e da Saúde, que destinam R$ 65 milhões a projetos de pesquisa voltados ao controle do mosquito Aedes aegypti e à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento da infecção pelo vírus zika e outras doenças relacionadas.

Durante o encontro, o diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do CNPq, Marcelo Morales, destacou o esforço do governo federal e o protagonismo do Brasil nas pesquisas sobre o zika. "Os cientistas brasileiros estão prontos para enfrentar os problemas", afirmou.

Na visão dele, a consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação e a visão estratégica do Ministério da Saúde foram fundamentais para os resultados já obtidos e as promissoras descobertas em andamento.

Lançado em junho pelos ministros Gilberto Kassab e Ricardo Barros, o edital dispõe de R$ 30 milhões do MEC, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), R$ 20 milhões da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE) e R$ 15 milhões do MCTIC e do Fundo Nacional de 

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), via CNPq.

Os coordenadores dos 71 projetos se reuniram de quarta (30) a quinta-feira (1º) no Seminário Marco Zero, na sede do CNPq, junto a membros do comitê julgador e de relevância social da chamada pública, além de técnicos e gestores dos órgãos envolvidos, para discutir ajustes metodológicos.

Cooperação

Prevista no edital como uma etapa do processo de contratação dos projetos, a reunião debateu o melhor aproveitamento dos resultados das pesquisas, a fim de estabelecer diretrizes e formar parcerias capazes de integrar conhecimento e contribuir para a interação entre pesquisadores que trabalham dentro de linhas temáticas semelhantes.

Os projetos têm duração média de 48 meses e precisam se inserir em um das nove eixos disponíveis: desenvolvimento e avaliação de repelentes; epidemiologia e vigilância em saúde; estratégias para controle de vetores; fisiopatologia e clínica; imunobiológicos; imunologia e virologia; inovação em gestão de serviços de saúde, saneamento e políticas públicas; novas tecnologias diagnósticas; e tecnologias sociais em educação ambiental e sanitária.

Selecionados em meio a 529 propostas inscritas, os 71 projetos se distribuem por três faixas de recursos: até R$ 500 mil, de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão e de R$ 1,5 milhão a R$ 2,5 milhões. Os comitês aprovaram pesquisas de 33 instituições de 15 estados e do Distrito Federal, sobretudo Sudeste e Nordeste, regiões contempladas com 39 e 21 inciativas, respectivamente.

Fonte: CNPq



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