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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Equipamentos de proteção individual são indispensáveis em emergências

Itens como capacetes, luvas e botas estão entre os Equipamentos de Proteção Individual. Ministério da Saúde faz treinamento constante com profissionais da pasta.

O caso da enfermeira espanhola contaminada com o Ebola repercutiu no mundo inteiro. Ela foi infectada quando tocou o rosto com as luvas da roupa de proteção, depois de ter atendido uma pessoa doente. Mas vários profissionais de saúde, em todo mundo, que atuaram para cuidar e tratar os pacientes infectados, não foram contaminados porque usaram os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) .

O uso de EPI é indispensável para a segurança de profissionais e pacientes em acidentes onde haja a possibilidade de contaminação por  produtos químicos, biológicos, radiológicos e nucleares  (QBRN). Entre esses Equipamentos de Proteção Individual estão luvas, capacetes, bota, casacos, capas e máscaras. O cuidado é  fundamental para garantir a vida, segundo o coordenador da Força Nacional do SUS do Ministério da Saúde, José Manoel de Souza.

“O EPI protege num caso de suspeita de ebola ou se houver o extravasamento de um gás. Cuida do profissional de saúde dos pés a cabeça. Por exemplo, no avião quando há despressurização, você coloca primeiro a máscara em você para depois vocês ajudar os outros. A equipe numa emergência deve se proteger primeiro para depois salvar a vida”, explica o coordenador.

Como no exemplo de contaminação, profissionais de saúde podem estar constantemente expostos a materiais que contaminantes quimicamente (como medicamentos), biológicos( sangue,  secreções), radioativos ( como a alta exposição sem processão em sessões de quimioterapia) ou nucleares. Outros profissionais que atuam em laboratórios, ou em fábricas onde há uso de amônia, bombeiros e até as forças militares também precisam estar alertas a qualquer possibilidade de perigo. Quem carrega itens radioativos em caminhões, pelas estradas, como motoristas devem usar EPIs no transporte e ter os equipamentos para ficar protegido em qualquer situação de emergência.

Sem a proteção, a contaminação pode acontecer e ser responsável por problemas graves de saúde, como lesões na pele ou internas, comprometendo o funcionamento dos órgãos e consequentemente levando o paciente a morte.

Alerta
Um outro exemplo de situação onde uma pessoa pode  ser exposta a produto químicos ou  biológicos é  em um acidente de carro. Em um vídeo que circula nas redes sociais, um policial americano foi chamado para atender  uma emergência na estrada e, ao se deparar com o acidente, imediatamente corre para atender a pessoa ferida em volta de uma fumaça. O vídeo traz um alerta sobre situações corriqueiras que podem apresentar perigos. A fumaça que envolvia a vítima era amônia, altamente tóxica, e mata o policial em segundos após ele entrar na cena. 

A contaminação pode ser assintomática num primeiro momento, invisível, inodora, inaudível e insípida. Todo o cuidado é necessário e deve ser valorizado.

Treinamento
O Ministério da Saúde tem investido na capacitação dos profissionais de saúde e todos os demais responsáveis pelo salvamento em situações de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional – ESPIN, demandas urgentes de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde através da Força Nacional do SUS.
Recentemente, o especialista em contaminação do Instituto de Radioproteção e Dosimetria, Dr. Carlos Rodrigues, esteve em Brasília para o treinamento que a pasta promove.

A Força Nacional do SUS (FN-SUS) do Ministério da Saúde, quando acionada pelos estados, atua em apoio à gestão local (estados e municípios) e conta com profissionais voluntários e Posto Avançado de Saúde (PAS) quando esgotada a capacidade local de resposta.

Os níveis de Resposta da FN-SUS começam com a missão exploratória (etapa de diagnóstico local) até o nível 3 onde equipes profissionais e PAS são enviados ao território afetado.

Este ano, a FN-SUS atuou, entre outras situações, nas Olimpíadas de 2016, preparando profissionais de saúde da rede local para agir em situação emergencial para resposta a múltiplas vítimas e QBRN.

Conheça algumas situações de emergência que contaram com a participação da FN-SUS:

Força Nacional do SUS é enviada à Colômbia para dar apoio aos sobreviventes e familiares


Gabi Kopko, para o Blog da Saúde


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