Audiência da Comissão de
Seguridade debateu formas de controle dos riscos de doenças cardiovasculares
Especialistas ouvidos nesta
segunda-feira (12) pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos
Deputados pediram mais investimentos em prevenção de doenças cardiovasculares.
Para o cardiologista Andrei
Sposito, é preciso investir em prevenção para que o orçamento da saúde consiga
atender a todas as pessoas. "A prevenção é cinco a dez vezes mais barata
que o tratamento e é muito mais eficaz. Os tratamentos vão ficando mais
complexos na medida que a doença evolui, e se gasta muito mais com um resultado
muito inferior. As pessoas ficam sequeladas, com limitações, com diminuição da
capacidade produtiva e redução da expectativa de vida", disse Sposito.
A presidente do Instituto Lado
a Lado, Marlene Oliveira, explicou que é preciso mudar o foco da saúde no
Brasil do tratamento para a prevenção. O instituto desenvolve desde 2014 a
campanha Siga seu Coração, com o objetivo de alertar a população para os problemas
cardiovasculares responsáveis por 30% do número de mortes no Brasil.
"Há mudanças de hábito
muito simples, que podem ajudar o cidadão a evitar uma doença cardiovascular. É
o paciente começar a introduzir hábitos saudáveis, mudar a alimentação, acabar
com o sedentarismo", disse Marlene Oliveira.
Campanhas de prevenção
O autor do requerimento para a
realização da audiência pública, deputado Alexandre Serfiotis (PMDB-RJ),
destacou que, no caso das doenças cardiovasculares, é preciso investir em
educação e prevenção para não sobrecarregar o Sistema Único de Saúde (SUS) com
gastos de alta complexidade. “Para que esse paciente amanhã não desenvolva
insuficiência renal, não tenha uma complicação vascular de amputação do
paciente diabético”, afirmou. “A prevenção hoje é uma realidade que a gente
precisa trabalhar e intensificar porque o custo da prevenção é inferior ao
tratamento lá na ponta, na alta complexidade. É preciso que campanhas de
prevenção sejam intensificadas.”
As doenças cardiovasculares
têm componentes genéticos que não podem ser mudados, como idade, sexo ou história
de doença cardíaca na família. Outros fatores, no entanto, podem ser eliminados
ou corrigidos, como o hábito de fumar, a alimentação inadequada, a obesidade, a
falta de exercícios físicos, o colesterol alterado, o diabetes e a pressão
alta.
Reportagem – Karla Alessandra,
Edição – Pierre Triboli, Agência Câmara Notícias'


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