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Dia Nacional de Combate ao Mosquito acontece nesta sexta-feira (2), em todo o
país, com ações integradas e simultâneas, desenvolvidas em articulação com
estados e municípios
O governo federal intensifica a atuação contra o
mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, nesta sexta-feira (2), com
diversas ações em todo o país. O presidente da República, Michel Temer, visitou
a Sala Nacional de Coordenação e Controle, que atua no monitoramento do combate
ao Aedes aegypti. Na ocasião, o presidente participou de videoconferência com
as salas Estaduais de Roraima, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Goiás e
Rio de Janeiro. A ação faz parte do Dia Nacional de Combate ao Mosquito, que
acontece em todo o Brasil, com atividades integradas e simultâneas, desenvolvidas
em articulação com prefeituras, governos estaduais e população.
“O Brasil está mobilizado para evitar os malefícios
que o mosquito causa à saúde das pessoas. Aproveito a oportunidade para fazer
uma solicitação a todos os brasileiros para integrar-se nesta campanha
importante, que não tem grandes dificuldades. Basta que cada criança na escola,
cada adulto no seu ambiente de trabalho ou residência verifique se não há água
empoçada, que é fator gerador de larva e consequentemente do mosquito”, ressaltou
o presidente da República, Michel Temer.
Ministros de Estado e autoridades do Governo
Federal visitam, nesta sexta-feira (2), as diferentes capitais do País com a
missão de conscientizar a população sobre a importância do engajamento de todos
na luta contra o Aedes aegypti. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, participou
de ações da campanha no Paraná. A agenda começou em Pinhais, na região
metropolitana da capital paranaense, e seguiu para Curitiba, onde o ele visitou
residências e uma escola estadual. Por fim, o Ministro da Saúde entregou sete
veículos para auxiliar nas atividades de combate ao mosquito. Ao todo, foram
investidos R$ 8,1 milhões para aquisição de 150 carros, que serão distribuídos
a todos os estados do país.
“Temos um grande problema de saúde nacional que
precisa ser resolvido e, só com o apoio de cada brasileiro, de cada cidadão,
que vamos conseguir reduzir a proliferação do mosquito, eliminar os focos de
criadouros e, com isso, poderemos avançar, melhorando a saúde pública do Brasil”,
destacou o ministro reforçando a importância da mobilização nas sextas-feiras.
“Queremos fazer, todas as sextas-feiras, uma grande mobilização, onde as
escolas, as empresas, motivarão os alunos, os funcionários a procurar os focos
do mosquito. Com esta mobilização, esperamos diminuir a quantidade de mosquitos
e, assim, diminuir também a infecção nas pessoas”, concluiu o ministro.
Em Brasília, o secretário de Vigilância em Saúde,
do Ministério da Saúde, Adeilson Cavalcante, participou de solenidade na Biblioteca
Nacional para entrega de dois carros ao Governo do Distrito Federal.
Paralelamente, também ocorreram ações no Ministério da Saúde para reforçar a
importância de que cada um faça sua parte no enfrentamento ao mosquito Aedes
aegypti. Secretários, diretores e coordenadores da pasta também se uniram às
atividades e fizeram vistoria interna e externa dos locais de trabalho.
O secretário de Vigilância em Saúde, Adeilson
Cavalcante, destacou que a entrega dos veículos é mais um dos incentivos da
pasta para auxiliar os estados e municípios no enfrentamento ao mosquito.
“Estes carros vão facilitar o trabalho dos gestores locais na mobilidade das
equipes de combate ao vetor e intensificação das ações. É importante ressaltar
que o nosso compromisso, no dia de hoje, é de mobilizar ainda mais a população,
por isso todos os entes públicos estão nas ruas, nos estados, nos municípios,
mostrando que o combate ao vetor é a melhor forma de evitar as doenças”,
afirmou o secretário de Vigilância em Saúde.
Em todo o país, as visitas aos imóveis contarão com
a participação permanente de 266,2 mil agentes comunitários de saúde e 60,4 mil
agentes de controle de endemias, bem como com o apoio de 6 mil militares das
Forças Armadas. Somente nesta sexta-feira (2), para o mutirão nacional contra o
mosquito, o efetivo dos militares será de 80 mil oficiais.
SEXTA
SEM MOSQUITO – O mutirão será realizado em órgãos públicos e estatais, unidades
de saúde, escolas, residências, canteiros de obras e outros locais, marcando a
intensificação das ações de combate e, consequentemente, impedindo a
proliferação do mosquito. A ideia é que, a partir do Dia de Mobilização, todas
as sextas-feiras sejam dedicadas para verificação de possíveis focos,
incentivando todos os segmentos da sociedade a fazer a sua parte. Essa campanha
traz como foco “Sexta sem mosquito. Toda sexta é dia do mutirão nacional de
combate”.
Desde a identificação do vírus Zika no Brasil e a
associação com os casos de malformações neurológicas, no segundo semestre de
2015, o governo federal tem tratado o tema como prioridade. Por isso, no final
do ano passado, foi criada a Sala Nacional de Coordenação e Controle, além de
27 Salas Estaduais e cerca de 1,9 mil Salas Municipais, com o objetivo de
gerenciar e monitorar as iniciativas de mobilização e combate ao vetor, bem
como a execução das ações do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia. A
Sala Nacional é coordenada pelo Ministério da Saúde e conta com a presença dos
integrantes de nove pastas federais.
Cabe a esse grupo definir diretrizes para
intensificar a mobilização e o combate ao mosquito Aedes aegypti em todo
território nacional, além de consolidar e divulgar informações sobre as ações e
os resultados obtidos. Também faz parte das diretrizes, coordenar as ações dos
órgãos federais, como a disponibilização de recursos humanos, insumos,
equipamentos e apoio técnico e logístico, em articulação com órgãos estaduais,
distritais, municipais e entes privados envolvidos.
CAMPANHA
– A nova campanha do
Ministério da Saúde, de conscientização para o combate ao mosquito, chama a
atenção para as consequências das doenças causadas pela chikungunya, zika e
dengue, além da importância de eliminar os focos do Aedes. “Um
simples mosquito pode marcar uma vida. Um simples gesto pode salvar” alerta a
campanha, que será veiculada em TV, rádio, internet, redes sociais e
mobiliários urbano (ponto de ônibus e outdoor) no período de 24 de novembro a
23 de dezembro. A ideia é sensibilizar as pessoas para que percebam que é muito
melhor cuidar do foco do mosquito do que sofrer as consequências da omissão.
DADOS
– O Brasil registrou,
até 22 de outubro, 1.458.355 casos de dengue. No mesmo período de 2015, esse
número era de 1.543.000 casos, o que representa uma queda de 5,5%. Considerando
as regiões do país, Sudeste e Nordeste apresentam os maiores números de casos,
com 848.587 casos e 322.067 casos, respectivamente. Em seguida estão as regiões
Centro-Oeste (177.644), Sul (72.114) e Norte (37.943).
No país, foram registrados 251.051 casos suspeitos
de febre chikungunya, sendo 134.910 confirmados. No mesmo período, no ano
passado, eram 26.763 casos suspeitos e 8.528 confirmados. Ao todo, 138 óbitos
registrados pela doença, nos estados de Pernambuco (54), Paraíba (31), Rio
Grande do Norte (19), Ceará (14), Bahia (5), Rio de Janeiro (5), Maranhão (5),
Alagoas (2), Piauí (1), Amapá (1) e Distrito Federal (1).
Em relação ao vírus Zika, foram 208.867 casos
prováveis, até o dia 22 de outubro, o que representa uma taxa de incidência de
102,2 casos a cada 100 mil habitantes. Foram confirmados laboratorialmente, em
2016, três óbitos por vírus Zika. Em relação às gestantes, foram
registrados 16.696 casos prováveis em todo o país.
Por Amanda Mendes, da
Agência Saúde
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