Com
a chegada de cubanos, Ministério da Saúde garante continuidade do atendimento.
Edital em aberto substituirá médicos da cooperação por profissionais
brasileiros.
Até
o fim de dezembro, 1.380 profissionais chegarão aos municípios para repor vagas
do Mais Médicos em todo o país. O anúncio foi feito, nesta quinta-feira (15),
em Brasília (DF), pelo secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde,
Rogério Abdalla, durante o encontro com um grupo de médicos, da cooperação com
a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que seguiu hoje para os municípios
do Nordeste.
“A
estratégia do Programa Mais Médicos trará resultados permanentes para o Brasil.
É importante ressaltar que estamos comprometidos em fortalecer a atuação dos
brasileiros. No entanto, enquanto houver necessidade o convênio com a OPAS será
mantido. Percebemos que, a cada ano, os profissionais se conscientizam ainda
mais da importância de prestar esta assistência à população”, afirmou o
secretário Rogério Abdalla.
Dos
1.380, mais de 500 profissionais estão em deslocamento nesta quinta-feira (15)
para os municípios, onde atuarão nos próximos três anos. Os demais serão
encaminhados até o dia 21 dezembro. Antes de iniciar as atividades, os médicos
participam de acolhimento e regularizam a documentação em Brasília (DF). Ao
todo, os profissionais de Cuba vão repor vagas em 1.040 cidades.
Os
profissionais cooperados, que terminam o período de atuação neste semestre,
começaram a deixar o país gradualmente, a partir de novembro, conforme
cronograma estabelecido pela OPAS e pelo governo de Cuba. A previsão é
que, aproximadamente, 5 mil profissionais cooperados encerrem as atividades nos
próximos três meses. A continuidade da reposição foi um compromisso assumido
desde o início da gestão do ministro da Saúde, Ricardo Barros, para atender o
apelo dos gestores municipais de não deixar desassistida a população dos locais
onde esses médicos atuavam.
As
vagas desocupadas por médicos brasileiros, e de outras nacionalidades
selecionadas por edital, são repostas por meio de chamadas trimestrais. No caso
dos médicos cubanos, a substituição é feita diretamente pela Opas, com o
governo de Cuba. O processo de desligamento e reposição leva, em média, 30
dias. Cabe esclarecer que a renovação de médicos cooperados fica a critério do
governo cubano, que já sinalizou a intenção de substituir todos ou a maior parte
dos profissionais que forem encerrando os três anos.
Em
setembro, legislação aprovada pelo Congresso Nacional permitiu a prorrogação
por mais três anos a atuação dos médicos estrangeiros no Mais Médicos. Com
isso, quase 90% dos médicos intercambistas selecionados por edital, que
participam do Mais Médicos, optaram por permanecer na iniciativa. A cooperação
com OPAS também foi renovada por mais 3 anos e será mantida nos locais que não
atraem brasileiros.
EDITAL EM ABERTO – O Ministério da Saúde lançou em novembro um
edital para substituição de médicos da cooperação com a OPAS. As inscrições serão
realizadas entre 19 de dezembro e 4 de janeiro, e as vagas que não forem
preenchidas por médicos brasileiros com atuação no país serão ofertadas aos
brasileiros formados em qualquer país. Ao todo, são mil novas vagas em 462
municípios, sendo 838 ocupadas atualmente por profissionais cubanos e outras
166 relativas à reposições de desistentes.
A
meta do Governo Federal é chegar a 4 mil substituições de médicos cooperados
por brasileiros em três anos, reduzindo de 11,4 mil para 7,4 mil participantes
cubanos. Para isso, o Ministério da Saúde quer atrair os brasileiros ofertando
vagas em locais que estão entre as opões mais escolhidas por esses candidatos
nas últimas seleções e que, atualmente, são ocupadas por cubanos do 1° e 2°
ciclos do Programa.
A
expectativa é chegar a 7.800 brasileiros no Mais Médicos, representando mais de
40% do total de profissionais. Atualmente, dos 18,2 mil médicos participantes,
11,4 mil são da cooperação com OPAS. Mais de 63 milhões de pessoas são
assistidas por esses profissionais.
SOBRE O PROGRAMA – Criado em 2013, o Programa Mais Médicos
ampliou a assistência na Atenção Básica, fixando médicos nas regiões com
carência de profissionais. Além do provimento emergencial de médicos, a
iniciativa prevê ações voltadas à infraestrutura e expansão da formação médica
no país. No eixo de infraestrutura, o governo federal está investindo na
expansão da rede de saúde, com foco em unidades básicas e UPAs. Já as medidas
relativas à expansão e reestruturação da formação médica no país, que compõem o
terceiro eixo do programa, preveem a ampliação das vagas de graduação e
residência.

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