O
custo deverá ficar em R$ 82 milhões, caso a empresa vencedora atenda todas as
exigências do edital. A previsão é beneficiar quase 500 mil gestantes do
programa Bolsa Família
O
Ministério da Saúde abriu nesta semana o resultado das propostas do pregão
eletrônico para compra de repelentes que serão distribuídos para 484 mil
gestantes do Bolsa Família. Ao todo, 23 empresas participaram do processo
realizado pela pasta. A primeira colocada ofereceu preço bem abaixo do
previsto: R$ 82,2 milhões dos R$ 208,8 milhões estimados no edital. Os
cinco menores lances ficaram, pelo menos, 56% menor do valor de referência e 12
concorrentes apresentaram preços dentro da faixa estimada.
O
valor estimado no edital era de R$ 0,06 por hora de repelência com previsão de
compra de três bilhões de horas, quantidade suficiente para proteger durante os
nove meses da gravidez das gestantes do Bolsa Família. A oferta será realizada
por meio do Programa de Prevenção e Proteção Individual de Gestantes contra o
Aedes aegypti, que envolve o Ministério da Saúde e Ministério do
Desenvolvimento Social e Agrário (MSD).
Os
produtos podem ser fornecidos em forma de gel, loção, aerossol
ou spray e oferecer, no mínimo, quatro horas de proteção, conforme
registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Neste momento, o
processo encontra-se em fase de análise da proposta e documentos de habilitação
para comprovação dos requisitos exigidos. A previsão é que a empresa vencedora
inicie a distribuição dos repelentes em até 15 dias após assinatura de contrato
com o Ministério da Saúde.
A
abertura do pregão foi realizada no dia 6 de dezembro. Antes, o Ministério da
Saúde colocou em consulta pública, entre os dias 11 e 25 de outubro, o termo de
referência para aquisição de repelentes com intuito de receber considerações de
pessoas físicas e jurídicas para aprimorar o processo de compra do produto. No
dia 26 de outubro, a pasta realizou audiência pública em Brasília, onde
representantes das empresas puderam questionar e tirar dúvidas sobre o
processo.
PREVENÇÃO
– O Ministério da Saúde já
recomenda o uso de repelentes para reforçar a proteção contra o
mosquito Aedes aegypti, em especial às gestantes, pela associação do
vírus Zika com a microcefalia em bebês. A medida, no entanto, não deve ser a
única maneira de evitar a transmissão da doença. É importante que as gestantes
adotem ainda medidas simples que possam evitar o contato com o Aedes, como se
proteger da exposição de mosquitos, manter portas e janelas fechadas ou
teladas, usar calça e camisa de manga comprida, entre outras.
É
importante destacar que, para erradicar o mosquito transmissor do vírus Zika e
os possíveis criadouros, é necessária a adoção de uma rotina para eliminar
recipientes que possam acumular água parada. Quinze minutos de vistoria são
suficientes para manter o ambiente limpo. Pratinhos com vasos de planta,
lixeiras, baldes, ralos, calhas, garrafas, pneus e até brinquedos podem ser os
vilões e servir de criadouros para as larvas do mosquito.
CAMPANHA
– A nova campanha do Ministério da Saúde, de
conscientização para o combate ao mosquito, chama a atenção para as
consequências das doenças causadas pela chikungunya, zika e dengue, além da
importância de eliminar os focos do Aedes. A ideia é que todas as
sextas-feiras sejam dedicadas para verificação de possíveis focos, incentivando
todos os segmentos da sociedade a fazer a sua parte. “Um simples mosquito
pode marcar uma vida. Um simples gesto pode salvar” alerta a campanha,
que será veiculada na TV, rádio, internet, redes sociais e mobiliários
urbano (ponto de ônibus, outdoor) no período de 24 de novembro a 23 de
dezembro. A ideia é sensibilizar as pessoas para que percebam que é muito
melhor cuidar do foco do mosquito do que sofrer as consequências de não ter
feito esse gesto.
Por
Gabriela Rocha, da Agência Saúde

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