São
11 livros que reúnem as melhores evidências científicas sobre problemas de
saúde. Ano que vem, está previsto uma nova coletânea, com edital de R$ 500 mil
Gestores
públicos do país terão à disposição uma série de publicações com casos bem-
sucedidos na área de assistência à saúde e que podem ser usados como modelo em
seus municípios. Trata-se do I Volume de sínteses de evidências para políticas
de saúde, uma coletânea que reúne 11 livros que abordam a prática clínica,
gestão dos serviços e sistemas de saúde e formulação de políticas públicas em
linguagem dirigida aos gestores de saúde. São temas como falciforme;
tuberculose entre população em situação de rua; hipertensão; cardiopatias
congênitas; controle do diabetes; mortalidade perinatal. Os livros, são
resultados da primeira chamada pública EVIPNet Brasil, que ocorreu em 2014. Uma
segunda chamada será realizada no ano em projetos de ciência e tecnologia,
baseados em evidências científicas.
No
edital de 2014 foram disponibilizados R$ 400 mil para projetos que
contribuíssem para o fortalecimento do SUS e a integração entre a pesquisa e a
tomada de decisão em saúde. Ao todo, foram selecionados 10 grupos de trabalhos
Entre os temas em destaque: melhorando o cuidado de adolescentes com doença
falciforme; adesão ao tratamento de tuberculose pela população em situação de
rua e promovendo o desenvolvimento na primeira infância.
Para
2017, o segundo edital prevê R$ 500 mil para elaboração de sínteses que
contribuam para a implementação e monitoramento de políticas nos diferentes
níveis da organização pública de saúde. O anúncio foi feito, pelo secretário de
Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Marco
Antônio Fireman durante a abertura nesta terça-feira, (13), do I Encontro
Nacional da Rede para Políticas Informadas por Evidências, EVIPNet Brasil, em
Brasília. As inscrições estarão disponíveis na internet a partir do dia 23 de
janeiro e vai até o dia 24 de fevereiro. Edital disponível em
brasil.evipnet.org.
A
Rede para Políticas Informadas por Evidências (Evidence- Informed Policy
Network – EVIPNet) é uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), em
conjunto com representações regionais e Ministérios da Saúde dos países
membros.No Brasil, a rede é coordenada pela Coordenação-Geral de Gestão do
Conhecimento do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde.
Atualmente, o Brasil é o país que mais produz sínteses informadas por
evidências no Mundo dentro da rede.
RENEZIKA
– Durante o I Encontro Nacional da
Rede para Políticas Informadas por Evidências, também aconteceu o 2º Encontro
da Rede Nacional de Especialistas em Zika e Doenças Correlatas (RENEZIKA), que
reuniu gestores e técnicos do Ministério da Saúde, além de representantes do
setor privado. Na ocasião, foram apresentadas às empresas as ações que estão
sendo desenvolvidas pela RENEZIKA, com principal foco no trabalho desenvolvido
pelas empresas para o enfrentamento da emergência em Zika e demais doenças
transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Em parceria com agências de fomento à
pesquisa, o Ministério da Saúde já investiu mais de 110 milhões de reais em
pesquisas voltadas ao enfrentamento do zika vírus, apenas em 2016.
A
RENEZIKA foi criada em maio de 2016 e busca integrar gestores, pesquisadores e
sociedade civil no enfrentamento do vírus zika e suas consequências. A Rede
conta com mais de 100 especialistas nacionais e internacionais, que fazem parte
de 7 grupos de trabalho, que têm contribuído na definição da Síndrome Congênita
associada à Zika, na elaboração de diretrizes para estimulação precoce das
crianças acometidas, e na avaliação de tecnologias diagnósticas e de controle
do vetor.
PRÊMIO
– Ainda durante o IEncontro
Nacional da Rede para Políticas Informadas por Evidências, EVIPNet Brasil, em
Brasília, ocorreu a cerimônia de entrega da 15ªEdição do Prêmio de Incentivo em
Ciência e Tecnologia para o SUS – 2016. O Prêmio de Incentivo em Ciência e
Tecnologia para o SUS tem como objetivo reconhecer o mérito científico dos
pesquisadores, e a iniciativa amplia a divulgação dos resultados das pesquisas,
favorecendo sua incorporação pelos serviços públicos de saúde.
Criado
em 2002, esta edição premiou 20 pesquisadores divididos entre as seguintes
categorias: trabalho publicado; tese de doutorado; dissertação de mestrado e
monografia de especialização ou residência. O secretário de Ciência, Tecnologia
e Insumos Estratégicos, Marco Antônio Fireman entregou a premiação aos
primeiros lugares de cada categoria, que receberam entre R$ 15 e R$ 50 mil,
dependendo da categoria.
Premiados por categoria
|
Categoria |
Pesquisador
|
Projeto
|
Colocação
|
|
Trabalho
Publicado
|
Kesia
Esther da Silva
|
Co-produção
de KPC-2 e IMP-10
|
(1º
lugar)
|
|
Tese
de Doutorado
|
Tatiana
Wittee Neetzow Nunes
|
Análise
Morfométrica Nuclear em tecido
|
(1º
lugar)
|
|
Dissertação
de Mestrado
|
Amanda
Viegas Valverde
|
Introdução
da fitoterapia no sus
|
(1º
lugar)
|
|
Monografia
de Especialização ou Residência
|
Vanessa
de Moraes Ramalho
|
Fisioterapia
aquática no controle de tronco em crianças com paralisia cerebral
|
(1º
lugar)
|
Desde
a criação, em 2002 até 2016, já foram inscritos 5.872 trabalhos e 370
pesquisadores foram premiados. Na ação o Ministério da Saúde já investiu desde
a criação do prêmio mais de 1 milhão de reais.
Por
Alexandre Penido, da Agência Saúde

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