A MSD apresentou os dados do
estudo KEYNOTE-087, o ensaio de fase 2 que avalia o uso de pembrolizumab, a
terapia anti-PD-1 da companhia, em monoterapia em doentes com linfoma de
Hodgkin clássico (LHc) em recidiva ou refratário.
Os dados incluíram uma
avaliação de outcomes das três coortes de doentes do estudo:
doentes cuja doença progrediu após auto transplante e tratamento subsequente
com brentuximab vedotina (coorte 1); doentes sem resposta a quimioterapia de
resgate e não elegíveis para transplante e cuja doença progrediu após
tratamento com brentuximab vedotina (coorte 2); e doentes cuja doença progrediu
após transplante e que não receberam brentuximab vedotina após o transplante
(coorte 3). Os dados mostraram que a taxa de resposta global (TRG) foi superior
a 70% em todas as coortes, com a TRG mais elevada, 83%, observada na coorte 2.
Os resultados incluíram também
uma análise de doentes com doença primária refratária, definida como
incapacidade de alcançar uma resposta completa ou parcial ao tratamento de
primeira linha. Nesta população de doentes, a TRG (por revisão do investigador)
foi de 78%. Além disso, 90 a 93% dos doentes demonstraram uma redução no
tamanho do tumor em todas as coortes.
"Ocorre recidiva do
linfoma de Hodgkin em quase metade dos doentes após transplante de células
estaminais autólogas, e o prognóstico para doentes em recidiva ou refratários
em quimioterapia de segunda linha e transplante é particularmente mau, o que
significa que há uma necessidade importante de identificar opções terapêuticas
que proporcionem benefício clínico significativo", afirma o Dr. Craig
Moskowitz, diretor clínico, divisão de oncologia hematológica, Memorial Sloan
Kettering Cancer Center. "Estes dados iniciais são encorajadores, uma vez
que demonstram elevadas taxas de resposta - até 83% - com pembrolizumab em
doentes fortemente pré-tratados".
Os dados do ensaio KEYNOTE-087
apoiam a recente designação de “breakthrough therapy” concedida a
pembrolizumab pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA para este tipo de
cancro sanguíneo. Além disso, os dados deste estudo apoiam o desenvolvimento
contínuo de pembrolizumab em doentes com LHc, incluindo um estudo de registo de
fase 3 (KEYNOTE-204) concebido para avaliar a terapêutica em monoterapia versus
brentuximab vedotina em doentes com LHc em recidiva ou refratário.


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