O Senado Inclusivo vai
promover a 10ª Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência, que começa com
uma conversa sobre o Projeto Deficiente Visual na Trilha, que ensina pessoas
cegas a andar de bicicleta. Também serão discutidos temas como o atendimento à
pessoa com deficiência e o acesso aos bens culturais e ao lazer. Uma oficina de
fotografia inclusiva e apresentação de música e dança fecharão a Semana.
A participação de deficientes
visuais em trilhas de bicicleta e em competições pode parecer impossível, mas
já é uma realidade em Brasília. Quem ficou curioso pode conhecer nesta
segunda-feira (5) o Projeto Deficiente Visual na Trilha, que ensina pessoas
cegas a andar de bicicleta. O tema será tratado pela psicóloga e coordenadora
do projeto, Simone Fernandes Cosenza, às 10h, no Auditório do Interlegis.
O evento é aberto ao público
externo. A programação completa, com horários e locais das atividades, pode ser
vista no hotsite da Semana. As inscrições podem ser feitas pela
internet.
Na terça-feira (6), o debate
será sobre atendimento à pessoa com deficiência e acesso aos bens culturais e
ao lazer. O tema será tratado pela gerente de Inclusão e Acessibilidade da
Secretaria de Cultura do Distrito Federal, Bárbara Barbosa. O presidente da
Associação de Pais e Amigos de Deficientes Auditivos do Distrito Federal,
Marcos Brito, também falará.
Uma oficina de fotografia
inclusiva, para pessoas com e sem deficiência, está marcada para quarta-feira
(7) com os servidores do Senado João Rios e Cláudio Cunha. Haverá aula teórica
e prática.
— A aula prática será na área
externa, e João Rios vai ensinar as pessoas com deficiência que podem usar a
fotografia. Tanto o caso da fotografia como o da bicicleta são atividades
instigadoras, que fazem repensar a própria ideia dessas atividades — ressalta
Pérsio Henrique Barroso, coordenador do Núcleo de Ações Socioambientais do
Senado.
Ele assinala que a Semana de
Valorização pretende não somente discutir de maneira teórica os direitos da
pessoa com deficiência, mas viabilizar a garantia desses direitos.
— O núcleo tem feito uma série
de ações, como treinamento do pessoal da visitação em Libras [língua brasileira
de sinais]. Isso traz um ganho para a competência e habilidade do servidor, que
vai saber como atender a pessoa com deficiência. Vão também nessa mesma linha
as vivências e sensibilizações, com servidores em cadeiras de rodas e olhos
vendados para vivenciarem a experiência [de como é ter alguma deficiência] —
diz Pérsio.
A servidora Célia Pessoa, que
faz parte do Senado Inclusivo, programa do Núcleo de Ações Socioambientais,
ressalta a importância do evento.
— Temos que aprender a
respeitar as diferenças e a lidar com elas. Cada um tem uma dificuldade. É
necessário adaptação para que essas pessoas possam se incluir. O problema não
são as pessoas, mas as barreiras — afirma Célia.
Está previsto também um
debate, na quinta-feira (8), sobre atendimento à pessoa com deficiência
intelectual. O diretor-presidente do Movimento Orgulho Autista Brasil, Fernando
Cotta, e o titular da Coordenação de Promoção dos Direitos da Pessoa com
Deficiência do Distrito Federal, Paulo Beck, tratarão do tema.
Na sexta-feira (9), haverá
apresentação de música e dança. A cantora e revisora de textos em braile da
Gráfica do Senado, Daniela Ribeira, que é cega, cantará durante o evento. Com o
mesmo tipo de deficiência, Genes Auvray Guedes, de Porto Velho, apresentará seu
trabalho em improviso e arranjo. Além de tecladista, ele é cantor, baterista e
violonista.
Servidores com deficiência
De acordo com dados do último
recadastramento, há no Senado 74 servidores efetivos e comissionados com
deficiência. São 38 com deficiência física, 18 com deficiência visual, 16 com
deficiência auditiva e dois com deficiência intelectual.
O Senado possui uma Política
de Acessibilidade, instituída pelo Ato da Comissão Diretora 15/2013. Há ainda o
Plano de Acessibilidade, instituído pelo Ato da Diretoria-Geral 9/2016, que tem
por objetivo promover a inclusão plena das pessoas com deficiência, em
condições de igualdade, para garantir o reconhecimento e a efetivação de seus
direitos.
Cesar Brustolin / SMCS Agencia
Senado
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