Ação na Rede Unida abordou
questões como transmissão, diagnóstico, sintomas, tratamento e armazenamento
adequado de medicamentos
Foto: Tania Mello
Com o intuito de levantar
informações e dialogar sobre a doença de Chagas, foi realizada nessa
quinta-feira (31), roda de conversa com o tema ‘Doença de Chagas: como o SUS
pode ajudar neste desafio?’, na Universidade Federal do Amazonas, durante o 13º
Congresso Internacional da Rede Unida, em Manaus/AM.
A ação, conduzida pelos
técnicos do Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social
da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde
(DAGEP/SGEP/MS), abordou questões como transmissão, diagnóstico, tratamento e
armazenamento adequado de medicamentos.
Com seis mil mortes ao ano, a
doença de Chagas tende a afetar áreas e populações específicas, como as
populações do campo, da floresta e das águas e as comunidades quilombolas. Na
atividade, o recorte de mulheres, com mais de 60 anos no nordeste, em local
urbano e/ou rural, foi salientado.
A transmissão é provocada pelo
protozoário Trypanosoma cruzi, adquirida por meio do contato com as fezes do
inseto barbeiro. A picada do mosquito provoca coceira o que facilita a entrada
do tripanosomo no organismo, que também pode ocorrer pela mucosa dos olhos, do
nariz e da boca ou por feridas e cortes recentes na pele. Outro mecanismo de
transmissão é por meio de contágio alimentício, muito comum na região Norte,
como por exemplo, açaí, caldo de cana, buriti e bacaba, dentre outros meios.
Sobre os sintomas, muitos
casos são assintomáticos, quando é sintomático apresenta indícios prevalentes
(febre alta, dor de cabeça e náuseas) em outras doenças presentes na região,
como virose e a malária.
Em referência ao tratamento,
discutiu-se que quando tratada no início da descoberta, os pacientes têm maior
porcentagem de cura. O grande gargalo, ainda, é a barreira do diagnóstico que
normalmente acontece na fase aguda e não na crônica por falta de diagnóstico.
A profissional de saúde de
Vigilância em Saúde do Núcleo de Educação de Manaus, Elci Almeida, relatou o
caso de uma criança de 10 anos afetada no município de Nova Linda do Norte/AM,
que devido ao diagnóstico imediato na capital manauara teve o atendimento
correto e evitou-se o agravamento da doença. “É necessário que nós,
profissionais de saúde da região Norte, tenhamos uma educação continuada para
que casos como esses não passem despercebidos, para podermos fortalecer o
diagnóstico”, destacou.
Também foi levantada a questão
logística e de transporte de medicamentos para combater à doença, que necessita
de temperatura adequada em seu armazenamento. Dentre outros temas foram
fomentados, como o investimento na melhoria da manipulação, acabamentos e limpeza
de alimentos.
AÇÃO
Pensando nas demandas
levantadas de equidade e atenção básica, evidenciadas na roda de conversa, o
Ministério da Saúde, por meio da SGEP, da Secretaria de Atenção à Saúde e da
Secretaria de Vigilância em Saúde, em parceria com os Médicos sem Fronteiras,
fomenta a realização de uma Oficina de Capacitação para os Profissionais de
Saúde sobre Doença de Chagas.
“Precisamos trabalhar de forma
integrada, unir esforços e conhecimento, para investir em capacitações;
treinamentos primeiramente para os profissionais da atenção básica poderem
diagnosticar de forma precisa e tratar esses pacientes da maneira mais rápida e
eficaz, visando assim a qualidade de vida dessas pessoas”, acrescentou a
técnica do DAGEP, condutora também da roda, Isabella Blumm.
Acesse mais fotos: https://goo.gl/t9oPSg
Por Caroline Oliveira, do
Nucom SGEP
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