No
Dia Mundial do Doador de Sangue, lembrado hoje (14), a Organização Mundial da
Saúde (OMS) informou que, das 112,5 milhões de doações coletadas em todo o
mundo, cerca da metade é registrada em países de alta renda, onde vive apenas
19% da população global.
A
taxa registrada nessas localidades, segundo a entidade, é de 32,1 doações para
cada grupo de mil pessoas, contra 14,9 em países de renda média alta; 7,8 em
países de renda média baixa; e 4,6 em países de baixa renda.
Houve aumento de 10,7 milhões
de doações voluntárias entre 2008 e 2013 - Marcelo Camargo/Agência
Brasil
Ainda
de acordo com a OMS, nas regiões mais pobres do mundo, até 65% das transfusões
de sangue são destinadas a crianças menores de 5 anos. Já em países de alta
renda, idosos com mais de 65 anos respondem pelo maior número de transfusões
(76%).
Dados
da organização mostram aumento de 10,7 milhões de doações voluntárias entre
2008 e 2013. Ao todo, 74 países coletaram mais de 90% de seu estoque dessa
forma. Entretanto, 71 países coletaram mais de 50% por meio de doações de parentes
ou doações pagas.
América
Latina
De
acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), desde 2015, apenas 45%
do sangue para transfusões coletado na América Latina e no Caribe foram obtidos
por meio de doação voluntária. Embora o número represente um aumento de 38,5%
em relação a 2013, ainda é muito menor do que a meta de 100% recomendada pela
OMS.
“A
Opas pede aos países das Américas que redobrem os esforços para melhorar os
sistemas baseados na doação de sangue voluntária e não remunerada. Isso pode
evitar milhões de mortes a cada ano, incluindo as por hemorragia pós-parto,
acidentes de trânsito e várias formas de câncer”, informa a entidade.
Por Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil Brasília
Edição: Talita Cavalcante
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