Com informações da Agência
Brasil - 13/02/2020
Consultoria para melhorar
patentes
O Instituto Nacional da
Propriedade Industrial (INPI) recebeu aporte de R$ 18,5 milhões do Reino Unido,
com objetivo de aprimorar o sistema de concessões de patentes, que hoje pode
levar mais de uma década.
O recurso faz parte do
programa de propriedade intelectual do Fundo de Prosperidade do Governo
Britânico, e será utilizado na realização de uma consultoria no INPI.
Para o embaixador britânico, o
acordo reforça a união entre os dois países, principalmente tendo em vista o
Brexit, em que o Reino Unido está buscando acordos bilaterais de livre
comércio.
"Estamos trabalhando há
três anos sobre o tema da propriedade intelectual, que é uma base fundamental
para a inovação. Brasil e Reino Unido são países muito inovadores. Têm muita
criatividade, mas necessitam proteger a propriedade intelectual," frisou o
embaixador Vijay Rangarajan.
Já Carlos Alexandre da Costa,
do Ministério das Economia, destacou que o acordo trará vantagens ao Brasil:
"Este acordo significa mais apoio para que o INPI seja um escritório de patentes
padrão no mundo. Mais proteção resultará em mais inovação no Brasil. E,
portanto, mais investimentos em ciência, tecnologia e desenvolvimento de
produtos."
Segundo o presidente do INPI,
Cláudio Furtado, no início do ano passado havia 180 mil patentes com atraso
médio de 8,4 anos. Até agosto passado, o estoque já havia sido reduzido para
150 mil e atualmente está em 120 mil. A meta é reduzir em 80% o estoque até o
final de 2021, com uma média de tempo de concessão de 2 anos.
Fundo de Prosperidade
A parceria prevê o
investimento dos R$ 18,5 milhões até março de 2023 para apoiar o INPI na
melhoria de seus processos internos e gestão em cinco campos: Sistema de Gerenciamento
de Qualidade, Sistema de Gerenciamento de Processos, Política de Preços dos
Serviços, Estratégia de TI e Estratégia de RH.
O Fundo de Prosperidade é um
fundo de investimento com objetivo primário de apoiar a reforma e o
desenvolvimento econômico em países que serão os principais parceiros
comerciais do Reino Unido no futuro.
Entre seus objetivos estão
reestruturações que criem oportunidades para negócios internacionais, sobretudo
com empresas britânicas. A previsão é que o Fundo invista até 110 milhões de
libras no Brasil até 2023.
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