A oficina, realizada em
Brasília, objetiva ampliar a realização de exames de diagnóstico para HIV,
sífilis e hepatites B e C, além de tratamento. Participaram representantes da
OPAS e de oito Centros de Testagem
O Ministério da Saúde, em
parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) promoveu, no último
mês, oficina em Brasília para discutir o Projeto de Reestruturação dos Centos
de Testagem e Aconselhamento (CTA). A ideia é ampliar o acesso e atendimento de
pessoas com HIV/aids, Hepatites, Sífilis e outras Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST) realizado nestes locais. O projeto prevê investimento de
R$ 3,2 milhões para ações de melhoria, que devem estar descritas em planos de
trabalho. Ou seja, R$ 400 mil para cada um dos oito CTAs parceiros.
Além do apoio financeiro, o
projeto prevê assessoramento técnico aos estados e municípios no processo de
reestruturação dos Centros de Testagem e Aconselhamento para desenvolvimento de
ações na perspectiva da Prevenção Combinada e no âmbito da Rede de Atenção à
Saúde.
Participaram da oficina
representantes da OPAS e do Departamento de Condições Crônicas e Infecções
Sexualmente Transmissíveis (DCCI), do Ministério da Saúde, além dos oito CTAs
parceiros: CTA Caio Fernando Abreu e CTA Santa Marta, de Porto Alegre (RS); CTA
Lira, de São Luís (MA); CTA Belém, de Belém (PA); CTA São José do Rio Preto, de
São José do Rio Preto (SP); CTA Policlínica Itamaraty, de Rondonópolis (MT);
CTA Carlos Ribeiro, de Fortaleza (CE); CTA Corumbá, de Corumbá (MS).
O CTA é um serviço de porta
aberta para que a população tenha acesso ao diagnóstico precoce de infecções
sexualmente transmissíveis, ao mesmo tempo em que possibilita o contato com
grupos que se encontram em situação de maior risco e vulnerabilidade. O teste é
acompanhando de atividades de educação, aconselhamento e de intervenção. Assim,
os Centros de Testagem e Aconselhamento são um ponto estratégico da Rede de
Atenção para a ampliação do acesso e busca ativa das populações mais
vulneráveis, no caso do HIV, as chamadas populações-chave.
A oficina foi realizada entre
os dias 13 e 14 de fevereiro. Durante o encontro, foi construída uma proposta
pedagógica da agenda de Cooperação Horizontal, braço do projeto de
reestruturação dos CTA. A proposta consiste no processo prático desenvolvido a
partir da vivência e imersão em um campo de práticas, mediado por proposta
pedagógica, que envolve a troca, reflexão e aprendizado colaborativo entre os
participantes do projeto.
Essas ações compreendem a
ampliação do acesso e cuidado integral das populações-chave e prioritárias;
diagnóstico e tratamento da sífilis, clamídia, gonorreia e outras IST no CTA;
oferta da Profilaxia Pós-Exposição (PEP) da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP);
fortalecimento da oferta de imunização, principalmente para HPV e Hepatite B;
diagnóstico oportuno e vinculação para tratamento do HIV/aids e hepatites B e
C; apoio matricial junto a Atenção Primária à Saúde; e o trabalho de campo com
populações-chave e prioritárias, inclusive potencializando as parcerias com a
sociedade civil para a construção de estratégias de prevenção de base
comunitária e educação entre pares.
INFECÇÕES SEXUALMENTE
TRANSMISSÍVEIS
As infecções transmitidas por
relação sexual são causadas por dezenas de vírus e bactérias durante o contato
sexual, sem o uso de camisinha, com uma pessoa que esteja infectada. Por isso,
a camisinha, distribuída gratuitamente nas unidades de saúde do Sistema Único
de Saúde, é a forma mais simples e eficaz de se proteger não só do HIV/Aids,
mas também da sífilis, da gonorreia, de hepatites virais e até do zika vírus.
Neste ano, o Ministério da Saúde vai distribuir, ao todo, 570 milhões de
preservativos e géis lubrificantes para todo o Brasil.
Para HIV/aids, sífilis e
hepatites virais, o SUS conta testes rápidos, com resultados que ficam prontos
em menos de 30 minutos. Em 2019, o Ministério da Saúde distribuiu cerca de
12 milhões de testes rápidos para HIV, 12 milhões para sífilis, 9,4 milhões
para Hepatite B e 10 milhões para hepatite C. Se o resultado der positivo,
é preciso começar o tratamento já. O SUS garante tratamento gratuito, com o uso
dos medicamentos mais modernos existentes no mundo.
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