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sexta-feira, 6 de março de 2020

MINISTÉRIO DA SAÚDE E OPAS DISCUTEM REESTRUTURAR CENTROS DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO


A oficina, realizada em Brasília, objetiva ampliar a realização de exames de diagnóstico para HIV, sífilis e hepatites B e C, além de tratamento. Participaram representantes da OPAS e de oito Centros de Testagem

O Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) promoveu, no último mês, oficina em Brasília para discutir o Projeto de Reestruturação dos Centos de Testagem e Aconselhamento (CTA). A ideia é ampliar o acesso e atendimento de pessoas com HIV/aids, Hepatites, Sífilis e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) realizado nestes locais. O projeto prevê investimento de R$ 3,2 milhões para ações de melhoria, que devem estar descritas em planos de trabalho. Ou seja, R$ 400 mil para cada um dos oito CTAs parceiros.

Além do apoio financeiro, o projeto prevê assessoramento técnico aos estados e municípios no processo de reestruturação dos Centros de Testagem e Aconselhamento para desenvolvimento de ações na perspectiva da Prevenção Combinada e no âmbito da Rede de Atenção à Saúde.

Participaram da oficina representantes da OPAS e do Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), do Ministério da Saúde, além dos oito CTAs parceiros: CTA Caio Fernando Abreu e CTA Santa Marta, de Porto Alegre (RS); CTA Lira, de São Luís (MA); CTA Belém, de Belém (PA); CTA São José do Rio Preto, de São José do Rio Preto (SP); CTA Policlínica Itamaraty, de Rondonópolis (MT); CTA Carlos Ribeiro, de Fortaleza (CE); CTA Corumbá, de Corumbá (MS).

O CTA é um serviço de porta aberta para que a população tenha acesso ao diagnóstico precoce de infecções sexualmente transmissíveis, ao mesmo tempo em que possibilita o contato com grupos que se encontram em situação de maior risco e vulnerabilidade. O teste é acompanhando de atividades de educação, aconselhamento e de intervenção. Assim, os Centros de Testagem e Aconselhamento são um ponto estratégico da Rede de Atenção para a ampliação do acesso e busca ativa das populações mais vulneráveis, no caso do HIV, as chamadas populações-chave. 

A oficina foi realizada entre os dias 13 e 14 de fevereiro. Durante o encontro, foi construída uma proposta pedagógica da agenda de Cooperação Horizontal, braço do projeto de reestruturação dos CTA. A proposta consiste no processo prático desenvolvido a partir da vivência e imersão em um campo de práticas, mediado por proposta pedagógica, que envolve a troca, reflexão e aprendizado colaborativo entre os participantes do projeto.

Essas ações compreendem a ampliação do acesso e cuidado integral das populações-chave e prioritárias; diagnóstico e tratamento da sífilis, clamídia, gonorreia e outras IST no CTA; oferta da Profilaxia Pós-Exposição (PEP) da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP); fortalecimento da oferta de imunização, principalmente para HPV e Hepatite B; diagnóstico oportuno e vinculação para tratamento do HIV/aids e hepatites B e C; apoio matricial junto a Atenção Primária à Saúde; e o trabalho de campo com populações-chave e prioritárias, inclusive potencializando as parcerias com a sociedade civil para a construção de estratégias de prevenção de base comunitária e educação entre pares.

INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
As infecções transmitidas por relação sexual são causadas por dezenas de vírus e bactérias durante o contato sexual, sem o uso de camisinha, com uma pessoa que esteja infectada. Por isso, a camisinha, distribuída gratuitamente nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde, é a forma mais simples e eficaz de se proteger não só do HIV/Aids, mas também da sífilis, da gonorreia, de hepatites virais e até do zika vírus. Neste ano, o Ministério da Saúde vai distribuir, ao todo, 570 milhões de preservativos e géis lubrificantes para todo o Brasil.

Para HIV/aids, sífilis e hepatites virais, o SUS conta testes rápidos, com resultados que ficam prontos em menos de 30 minutos. Em 2019, o Ministério da Saúde distribuiu cerca de 12 milhões de testes rápidos para HIV, 12 milhões para sífilis, 9,4 milhões para Hepatite B e 10 milhões para hepatite C. Se o resultado der positivo, é preciso começar o tratamento já. O SUS garante tratamento gratuito, com o uso dos medicamentos mais modernos existentes no mundo.


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