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quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Conexão Brasília com o jornalista Olho Vivo Edmar Soares

-- Brasília, 18 de agosto

-- Reforma Tributária: Por falta de acordo entre líderes, a Câmara adiou para a semana que vem a análise do projeto do Imposto de Renda. Pouco antes, o presidente da Câmara, Arthur Lira, sinalizou em coletiva que não havia maioria nesta terça-feira para aprovar a matéria.

-- Reveses: O adiamento da votação do IR é revés para o presidente da Câmara, Arthur Lira, que tentava colocar a matéria em votação, e para o ministro da Economia, Paulo Guedes, que dias atrás declarou que a proposta tinha sustentação política e texto equilibrado.

-- Conta: Estados e municípios querem mais R$18 bilhões para a aprovação da Reforma do IR, o que faz com que integrantes da pasta de Guedes afirmem que o projeto já "não se paga", apurou o Estado de S. Paulo.

-- Impactos: O Valor Econômico destaca que o risco fiscal puxa alta persistente dos juros longos, a taxas de dois dígitos, colaborando para a queda do Ibovespa. A bolsa acumula quase 10% de perda ante o nível recorde de junho.

-- Senado: O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse em evento ontem que, apesar de resistências, é possível construir convergências entre os projetos da Reforma Tributária fatiada e a proposta ampla defendida pelos senadores.

-- Reforma ampla: O ex-deputado Luiz Carlos Hauly disse ao Congresso em Foco esperar que a Reforma Tributária ampla esteja aprovada até dezembro. Um dos idealizadores da chamada PEC 110, Hauly fez apresentação em debate promovido sobre o tema no Senado.

-- Prazos: Segundo Hauly, a PEC pode começar a ser votada em setembro, com uma decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de levá-la primeiro à apreciação da Comissão de Constituição e Justiça ou direto ao plenário.

-- Previsões: Para a Arko Advice, o início da análise da Reforma Administrativa pelo plenário da Câmara pode ocorrer apenas a partir da segunda semana de setembro. O relator, deputado Arthur Maia, promete parecer na semana que vem.

-- Reforma Eleitoral: A Câmara concluiu, por 347 votos a favor a 135 contrários, a votação da reforma eleitoral, prevendo a volta de coligações proporcionais e restringindo a atuação do Tribunal Superior Eleitoral. A PEC vai ao Senado. Mas Rodrigo Pacheco sinaliza que há resistências ao texto entre senadores.

-- Fundão: O presidente Jair Bolsonaro disse ontem que poderá vetar integralmente o artigo da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022 que aumentou para R$5,7 bilhões o fundo eleitoral.

-- Bastidores: Bolsonaro e ministros devem negociar novo valor com os parlamentares. O presidente também disse nesta terça-feira que apoiaria um montante em torno de R$3 bilhões.

-- Poderes: Hoje, a partir das 13h00, Pacheco se encontra com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, para discutir a crise institucional. Ele pode defender proposta de modular o pagamento dos chamados superprecatórios em 2022, alternativa à ideia de uma PEC.

-- Pacificação: Em seguida, a partir das 18h00, será o chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, que encontrará Fux em busca de distensão no cima político.

Edmar Soares

DRT 2321

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