Liberação, no entanto, está
condicionada à ausência de sintomas
Publicado em 10/01/2022 - 19:02 Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil* - Brasília
Atualizado em 10/01/2022 - 21:05
O Ministério da Saúde decidiu
reduzir de dez para sete dias o período recomendado de isolamento para
pacientes com covid-19. Em entrevista coletiva dada no início da noite de hoje
(10), o ministro Marcelo Queiroga anunciou a nova recomendação do governo.
Segundo a atualização do guia de vigilância epidemiológica para a covid-19 da
pasta, caso não haja mais sintomas no sétimo dia, a pessoa pode sair do
isolamento.
Existe ainda uma possibilidade
de encurtar ainda mais o tempo de isolamento. Caso no quinto dia o paciente não
tenha mais nenhum sintoma respiratório, não apresente febre e esteja há 24
horas sem usar medicamento antitérmico, ele pode fazer um teste rápido de
covid-19. Se o teste der negativo para o vírus, ele também está liberado.
Se, no entanto, o teste der
positivo, o paciente deve aguardar até o fim dos dez dias de isolamento. Para
quem chegou ao sétimo dia e ainda tiver com sintomas do vírus, a recomendação é
manter o isolamento, no mínimo, até o décimo dia e sair apenas quando os
sintomas acabarem.
Segundo o secretário de
Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, o Ministério da Saúde usou como
parâmetro as medidas de isolamento aplicadas nos Estados Unidos e no Reino
Unido. No primeiro, o isolamento termina após cinco dias caso não haja mais
sintomas. No segundo, o tempo de isolamento é de sete dias, comprovado o fim da
infecção com um teste negativo.
Na avaliação de Queiroga, a
vacinação no Brasil tem avançado a ponto do governo reduzir o período de
isolamento. “Como o Brasil tem avançado muito na campanha de vacinação, em
relação ao número de doses de reforço, a população das grandes metrópoles está
muito vacinada, podemos vislumbrar um cenário aqui no Brasil mais parecido com
o que acontece em países como Reino Unido”.
Além disso, o governo tem se
baseado no número de óbitos, que não tem aumentado na mesma proporção da
contaminação pela variante Ômicron do novo coronavírus. “A ômicron tem causado
um número muito maior de casos, mas felizmente não há correspondência com o
número de óbitos”.
Assista na íntegra:
Edição: Pedro Ivo de Oliveira e Aline Leal
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