O tema é prioritário para
saúde pública no combate às bactérias resistentes a antibióticos. Brasil
elabora Plano de Ação para a Prevenção e Controle da Resistência aos
Antimicrobianos
O ministro da Saúde, Ricardo
Barros, se reuniu, nesta quarta-feira (29), em Brasília, com representantes de
países latino-americanos, União Europeia e entidades internacionais para
discutir e promover o enfrentamento da resistência antimicrobiana no mundo. O
tema é prioridade para a saúde pública em razão do crescimento do número de bactérias
resistentes, com comprometimento ou, até mesmo, impossibilidade de cura com os
antibióticos existentes, de doenças como tuberculose e malária, por exemplo.
Também estiveram presentes na conferência o ministro da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, Blairo Maggi e o diretor-presidente da Anvisa, Jarbas
Barbosa.
“O Brasil reconhece a
magnitude do desafio e se compromete com ações para combater a propagação de
infecções resistentes aos medicamentos antimicrobianos. Entre os esforços,
ressaltamos a experiência brasileira de obrigatoriedade e retenção de
prescrição para antibióticos em farmácias, que contribuiu para a contenção da
resistência”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
O combate à propagação de
infecções resistentes aos medicamentos antimicrobianos foi ratificado em
reunião de alto nível na Organização das Nações Unidades (ONU), em setembro de
2016, com participação do Brasil. As discussões internacionais sobre esse tema
visam a discutir o papel da comunidade internacional na realização de
pesquisas, na busca de novos medicamentos e na disciplina do uso de
medicamentos que possibilitem o enfrentamento da resistência antimicrobiana e,
consequentemente, a promoção da saúde global.
Reforçando a importância deste
tema, o Brasil está elaborando o Plano de Ação Nacional para a Prevenção e
Controle da Resistência aos Antimicrobianos organizado por meio de um diálogo
integrado entre órgãos como Anvisa, Funasa e ministérios da Saúde, Agricultura,
Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente. O Plano Nacional brasileiro que enfatiza
a abordagem de “Saúde Única”, reafirma as diretrizes do Plano de Ação Global
sobre resistência antimicrobiana e a articulação entre a Organização Mundial da
Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
(FAO) e Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como balizadores na discussão
desse tema.
“Consideramos que a elaboração
de Planos de Ação Nacionais, além de estabelecer o controle e a prevenção da
resistência aos antimicrobianos, articula estratégias para acabar com o uso
indevido desses medicamentos e possibilita maior compreensão do problema”,
destacou o ministro da Saúde. Outros planos estão sendo criados por países como
Holanda, França e Espanha e possibilitarão compreender a situação local em
relação ao problema; articular ferramentas para cessar o uso indevido de
medicamentos antimicrobianos na saúde humana e animal, bem como agricultura;
controlar e prevenir a disseminação da resistência aos antimicrobianos; e
desenvolver ferramentas de informação fortes e integradas para monitorar as
infecções resistentes às drogas e o volume de antimicrobianos usados em
humanos, animais e plantas.
Por Amanda Mendes, da
Agência Saúde
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