Georgia Braga-Orillard (mais à
esquerda) ao lado da a diretora do Departamento de Infecções Sexualmente
Transmissíveis (ISTs), AIDS e Hepatites Virais do Ministério, Adele Benzaken
participarão com outras autoridades, da consulta nacional do Ministério da Saúde
sobre relatório global de AIDS.
O Brasil deve aproveitar a
participação em pesquisas globais sobre HIV/AIDS para olhar com mais atenção
para o combate à epidemia em território nacional. A recomendação é da diretora
do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS),
Georgiana, que participou na terça-feira (28) de uma consulta organizada pelo
Ministério da Saúde com a ONU, representantes da sociedade civil, especialistas
e coordenações municipais e estaduais.
O objetivo do encontro era discutir
a elaboração da contribuição brasileira ao Monitoramento Global da AIDS de
2017. Documento reunirá informações dos 193 Estados-membros da ONU e será
divulgado em julho deste ano.
“É um dos relatórios
internacionais mais preenchidos no mundo. Temos que agradecer o compromisso do
Brasil porque o país empenha um esforço muito grande no preenchimento e na
realização dessa consulta”, elogiou Georgiana. “O Brasil tem uma liderança na
área do HIV e esse é um momento importante de poder olhar com atenção para o
país.”
O mecanismo de acompanhamento
deverá apresentar comparações entre os dados de cada país, além de análises que
apontam o progresso ou não de cada nação no enfrentamento à epidemia.
“É uma oportunidade de a gente
ter uma discussão em nível global. É um momento privilegiado, mas não deveria
ser o único. É um convite para fazermos com que essa discussão continue
acontecendo regularmente, pois precisamos desse apoio”, acrescentou a diretora
do UNAIDS no Brasil.
Durante a abertura do encontro,
Adele do Ministério da Saúde, falou sobre o processo de aprimoramento do
Spectrum, o programa de computador utilizado para produzir as estimativas
finais sobre HIV nos relatórios do UNAIDS. “Eu acho que o fato de terem
quantificado o Spectrum para se adaptar a esta realidade de epidemia
concentrada (como é o caso do Brasil) deu uma melhorada na forma de se
trabalhar alguns dados brasileiros”, explicou.
Adele afirmou ainda que o
relatório da agência da ONU “tem bastante peso, pois tem uma parte (do documento)
em que toda a sociedade civil, aqui representada, precisa responder”. Segundo o
UNAIDS, a participação das pessoas vivendo com HIV na construção do documento
também é garantida em todas as etapas.
Foto: UNAIDS/Jessyca
Zaniboni
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