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terça-feira, 10 de agosto de 2021

Conexão Brasília com o jornalista Olho Vivo Edmar

-- Brasília, 10 de agosto

-- Tributária: O presidente da Câmara, Arthur Lira, disse ontem em entrevista coletiva  que espera votar a reforma do Imposto de Renda amanhã.

-- Voto impresso: Os deputados tem na pauta hoje a Proposta de Emenda à Constituição do voto impresso, com desfecho aberto e articulações governistas para construir texto aceitável pelo Judiciário, segundo agências. Lira cogitou ampliar a auditagem das urnas eletrônicas como alternativa.

-- Ruídos: Também para esta quarta-feira está previsto o desfile de um comboio militar pela Esplanada dos Ministérios para levar um convite ao presidente Jair Bolsonaro.

-- Governabilidade: Bolsonaro postou nas redes sociais um convite para que os presidentes da Câmara, Senado e do Supremo Tribunal Federal, entre outras autoridades, recebam também os veículos militares, reporta a Folha de S. Paulo.

-- 2022: Lira construiu acordo ontem para levar ao Plenário a mudança no sistema de eleição dos deputados, sobre que deve ser decidido pela volta das coligações ou adoção do chamado distritão, em que os mais votados são eleitos, informa o Valor Econômico.

-- Precatórios: O governo apresentou ontem a PEC para regular o pagamento dos chamados superprecatórios, que ajuda abrir espaço para o novo Bolsa Família.

-- Conteúdo: O texto, conforme agências, prevê entrada de 15% e nove parcelas para dívidas judiciais maiores que R$66 milhões, altera o indexador para Selic e cria fundo com recursos da venda de imóveis, dividendos de estatais, concessões e partilha de petróleo para quitar precatórios ou a dívida pública.

-- Auxílio Brasil: O novo Bolsa Família ficará dentro do Teto de Gastos, segundo o ministro da Cidadania, João Roma, em coletiva nesta segunda-feira.

-- Credibilidade: O receio com a PEC dos precatórios diz respeito à credibilidade fiscal , segundo economistas ouvidos pelo Valor. Eles dizem que a PEC propõe adiar os pagamento, despesa que já demandaria medidas para não romper o Teto, independentemente da vinculação a programa social.

-- Protocolo: Em coluna ontem, a economista-chefe do TC, Fernanda Mansano, afirma que a possibilidade de parcelamento dos precatórios acima de R$66 milhões pode não ser considerada como pedalada fiscal, "consistindo, na prática, em mais uma peça do protocolo fiscal da pandemia".

-- Antecedentes: "Vale destacar que três ministros fizeram acordos de precatórios quando precisaram, pelo imperativo orçamentário envolvendo dívidas judiciais, são eles: Pedro Malan, Henrique Meirelles, e Guido Mantega", escreveu ontem o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, Carlos Thadeu de Freitas Gomes, ao Poder360.

Edmar Soares

DRT 2321

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