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sábado, 4 de março de 2017

Partidos têm que indicar representantes para comissões no SENADO

Das 13 comissões permanentes do Senado, apenas uma chega ao fim do mês de fevereiro com sua composição completa para as atividades do biênio 2017-2018. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) já tem presidente, vice e todas as suas 27 cadeiras titulares preenchidas. Nas próximas semanas, uma das principais tarefas dos líderes partidários será indicar os membros das outras 12 comissões.

As comissões permanentes do Senado fazem a análise prévia de todos os projetos que passam pela Casa, refinando os textos e levando pareceres para a votação em Plenário. Em muitos casos, são elas que tomam a decisão final sobre o destino das propostas, quando essas tramitam em caráter terminativo, ou seja, podem ser enviadas diretamente para a Câmara dos Deputados, sem passar pela análise do Plenário. Essas atividades garantem o fluxo do processo legislativo e de aprovação de projetos de lei.

As comissões também fiscalizam o trabalho do Poder Executivo, acompanham a execução de políticas públicas, fazem emendas ao Orçamento da União para direcionar verbas a setores específicos e promovem audiências públicas com representantes da sociedade.

A CCJ se organizou rapidamente para analisar a indicação do o ex-ministro da Justiça Alexandre de Moraes para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ao longo do mês de fevereiro. O colegiado tem como presidente o senador Edison Lobão (PMDB-MA) e como vice o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).
O presidente do Senado, Eunício Oliveira, tem feito apelos rotineiros para que os líderes indiquem os representantes dos partidos nas comissões o mais rápido possível. Ele afirmou, inclusive, que pode precisar agilizar os trabalhos pautando matérias diretamente para o Plenário, sem a análise das comissões – um cenário que ele não considera positivo para o Senado.

- Não havendo a instalação das comissões, esta Presidência é obrigada, de oficio, a pautar matéria para que tenha relatório feito aqui em Plenário. Não é a vontade da Presidência, mas eu não vou deixar esse Plenário vazio sem discutir matérias que são de interesse da população brasileira. Esse é o nosso papel - afirmou.

As comissões podem ser instaladas para a eleição dos presidentes e o começo das a atividades assim que a maioria simples dos seus membros tenha sido indicada.

Comandos
Com Lobão, o PMDB mantém a presidência da CCJ – entre 2015 e 2016, o senador José Maranhão (PB) havia ocupado a cadeira. Será o quarto biênio consecutivo com um peemedebista na presidência da comissão mais movimentada da casa.

O partido, que tem a maior bancada (21 senadores), também deve manter sob seu controle as Comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Serviços de Infraestrutura (CI). A senadora Marta Suplicy (SP) será indicada para a presidência da CAS.

Segunda maior bancada (12 senadores), o PSDB mira a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que, nos últimos dois anos, foi dirigida pelo PT. Os tucanos devem indicar para presidi-la o senador Tasso Jereissati (CE). Além dela, a Comissão de Transparência e Governança Pública também deve caber aos tucanos.

Das comissões remanescentes, três outras devem permanecer sob o comando dos mesmos partidos: a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) com o PSB; a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) com o PP; e a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) com o PT. Já a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação Comunicação e Informática (CCT) deve passar para as mãos do PSD.

Restam ainda definições sobre as presidências de quatro comissões: Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e Senado do Futuro (CSF).

Um fator que pode influenciar a distribuição das comissões entre os partidos é um projeto de resolução que transfere competências da CMA para a Comissão de Transparência e Governança Pública, efetivamente munindo esta última de mais poderes. De acordo com o PRS 5/2017, todas as atividades de fiscalização e controle hoje exercidas pela CMA passariam a ser de responsabilidade do outro colegiado – que se tornaria a Comissão de Fiscalização e Controle, Transparência e Governança Pública (CFC).

Essas atividades consistem no acompanhamento constante de atos do Poder Executivo, com o poder para solicitar auditorias ao Tribunal de Contas da União (TCU) e elaborar relatórios que podem ser enviados ao órgão observado e ao Ministério Público Federal.

•          Tabela das comissões
Proposições legislativas
•          PRS 5/2017

Geraldo Magela/Agência Senado


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