O zika já chegou a mais de 80
países e é provável que o vírus continue se espalhando geograficamente para
onde existirem vetores da doença, como o mosquito Aedes aegypti. O alerta é de
novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS),
que revelou nesta sexta-feira (10) que 64 nações e territórios estão “em risco”
de ter surtos da infecção por conta da presença do inseto dentro de suas
fronteiras.
Nesses Estados, não há — nem
nuca houve — qualquer sinal do vírus. Contudo, a existência do Aedes já foi
confirmada e o mosquito pode desencadear epidemias de zika. Por isso, a agência
da ONU alerta que é necessário manter o nível de vigilância contra a doença elevado.
A lista de países onde a
patologia pode vir a se proliferar inclui nações como Rússia, Turquia, Índia,
Arábia Saudita, Mianmar, Moçambique, Malauí, Mali, Austrália, China, Egito,
Paquistão e África do Sul.
Para a oficial técnica da OMS,
Monika Gehner, o novo documento ajudará a agência “porque agora podemos avaliar
os riscos de maneira mais precisa”. “Mesmo que você não tenha (registrado) a
transmissão do vírus zika, se você tiver o mosquito Aedes aegypti, você está em
risco”, disse em entrevista a jornalistas da ONU, em Genebra, após a divulgação
do relatório.
A especialista explicou que
“um viajante que é infectado pelo zika pode ir a uma área de um país onde já há
mosquitos estabelecidos ali”. Os insetos podem, então, transmitir o vírus do
estrangeiro para outras pessoas, criando um ciclo de transmissão, completou
Gehner.
A OMS esclarece que objetivo
do levantamento não é causar alarme. O documento é um apelo a governos para que
empreendam mais esforços de prevenção contra o zika. O vírus foi associada a um
aumento no número de casos de malformações congênitas e outras complicações
neurológicas.
Foto: UNICEF/BRZ/Ueslei
Marcelino
0 comentários:
Postar um comentário