Um dos destaques é a formação
de uma rede de especialistas para conduzir as ações designadas no plano
Foto: Neila Rocha (SEAPC/MCTI)
Oplano de trabalho do
GT-Farma, uma iniciativa do MCTI para o desenvolvimento de insumos
farmacêuticos e medicamentos no Brasil para o enfrentamento à pandemia da
Covid-19, foi apresentado em reunião realizada no MCTI – Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovações na segunda-feira (22), com a participação do ministro
astronauta Marcos Pontes. Um dos destaques é a criação de uma rede de
especialistas, chamada RedeFarma MCTI que vai conduzir as atividades descritas
no plano.
De acordo com o coordenador-geral de Desenvolvimento e Inovação em Tecnologias
Estratégicas do MCTI, Felipe Bellucci, a ideia era trazer ao ministro os
principais resultados do GT-Farma, que está encerrando seus trabalhos. “O plano
contém hoje 28 ações que foram pensadas em conjunto com o setor de insumos
farmacêuticos que vão desde a elaboração de plano e estratégia para a área de
saúde até a produção de inovação radical usando os instrumentos do ministério e
suas agências”, explicou. Como exemplo, o coordenador citou a normatização de
instrumentos do marco legal de ciência e tecnologia, conduzida pela Secretaria
de Estruturas Financeiras e de Projetos (SEFIP) do MCTI, incluindo fundos de
endowment e debêntures incentivadas, além da otimização das leis de fomento à
inovação disponíveis, como a Lei do Bem.
A interação do ministério com o setor de insumos farmacêuticos foi tão rica que
o MCTI propôs a criação do comitê de especialistas RedeFarma MCTI. “Esse comitê
vai assessorar o ministério em melhores práticas para a área de insumos
farmacêuticos, saúde, biotecnologia e outros temas relacionados”, concluiu
Felipe Bellucci. O ministro Marcos Pontes elogiou a criação do comitê.
“Durante muito tempo no Brasil, não tivemos a conexão direta entre a pesquisa e
o produto. Temos muitos resultados e capacidade de gerar conhecimento, mas a aplicação
da pesquisa nem sempre era uma preocupação”, ressaltou o ministro. “Temos que
ter a pesquisa resultando em novos medicamentos, novas vacinas. Precisamos de
estruturas públicas que tenham a capacidade de fazer a interface com o setor
privado e transfira esse conhecimento”.
Participaram também da reunião o secretário de Pesquisa e Formação Científica,
Marcelo Morales e a secretária de Articulação e Popularização da Ciência, além
de representantes das demais secretarias do MCTI e da FINEP/MCTI.
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