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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Empresas brasileiras investiram mais em inovação, apesar da crise econômica

Entre 2014 e 2015, o investimento do setor privado do país em pesquisa e desenvolvimento aumentou de R$ 37,4 bilhões para R$ 38,1 bilhões, apesar da crise econômica. Os dados estão na publicação “Indicadores Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação 2017” do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). A publicação, que reúne dados da Pesquisa de Inovação do IBGE (Pintec) e outras fontes, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), fornece um retrato sobre a inovação no Brasil.

Segundo o documento, o total do dispêndio nacional em P&D em 2015 foi de R$ 76,5 bilhões, somando investimentos públicos e privados. Isso significa uma queda de 3,5% na comparação com o montante registrado no ano anterior (R$ 79,2 bilhões).

“Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento em relação ao PIB apresentaram uma estabilidade, apesar da crise, com destaque para o aumento da participação das empresas, que estão investindo mais para fazer frente à crise. É uma reação. As empresas buscam ser mais inovadoras”, afirma o coordenador-geral de Gestão, Inovação e Indicadores do MCTIC, Fernando Coelho.

Os dispêndios nacionais em pesquisa e desenvolvimento financiados pelas empresas privadas passaram de 0,57% em 2014 para 0,61% no ano seguinte. Já os investimentos públicos sofreram leve redução no mesmo período, passando de 0,67% para 0,64%. Ainda assim, são mais elevados que o do setor privado.

Os investimentos do setor público brasileiro em pesquisa e desenvolvimento também são maiores que os da China (0,44%), Japão (0,54%) e Reino Unido (0,48%). No entanto, nesses três países, o percentual investido pelas empresas, respectivamente, é de 1,54%, 2,72% e 0,82%.
“Temos o desafio no Brasil de fazer com que a pesquisa seja mais protagonizada pelo setor privado”, avalia Coelho.

Recursos humanos
O levantamento do MCTIC mostra que 316.495 mil pessoas (pesquisadores e pessoal de apoio) trabalham com pesquisa e desenvolvimento no Brasil. Desse total, 237.585 estão no ensino superior, 69.746 no setor empresarial, 9.935 no governo e 1.816 no setor privado sem fins lucrativos.

O número de pesquisadores cadastrados no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq em 2016 supera os 230 mil profissionais nas mais diversas áreas: ciências da saúde, ciências humanas, engenharias e computação, ciências biológicas, agrárias e outras. Já o total de pedidos de patentes depositadas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) caiu de 33.043 para 31.020.

“O indicador é uma questão vital, pois reflete o estágio em que se encontra determinada política pública. Cada vez mais, temos que aprimorar o nosso trabalho de avaliação e monitoramento”, explica o diretor de Gestão Estratégica da Secretaria Executiva do MCTIC, Johnny Santos. “Esse documento permite traçar um panorama bastante amplo e refletir sobre os resultados das nossas políticas públicas. Representa a materialização de um grande esforço”, define.

Empresas brasileiras investiram mais em inovação, segundo a publicação, em anexo,  “Indicadores Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação 2017”.

Anexo:


Foto: Ascom/MCTIC


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