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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Acordo entre Tecpar e Axis/Roche aumentará em 40% oferta de medicamento para câncer no SUS - Paraná fornecerá 100% do medicamento até que o outro Laboratório Oficial produza localmente


Cooperação é uma das etapas da reorganização das Parcerias para o
Desenvolvimento Produtivo, divulgada pelo Ministério da Saúde. A Parceria
será para o biológico Trastuzumabe

O Ministro da Saúde, Ricardo Barros, participou nesta segunda-feira (07/08),
em Curitiba, da assinatura do acordo de transferência de tecnologia do
medicamento biológico Trastuzumabe - utilizado no tratamento de câncer. A
parceria, realizada entre o Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar) e a
empresa brasileira Axis Biotec, irá atender a 40% da demanda do SUS, o que
representa mais de 100 mil doses por ano distribuídas aos pacientes. O
acordo é uma das etapas da reorganização das Parcerias para o
Desenvolvimento Produtivo (PDP), divulgada no início do ano pelo Ministério
da Saúde.

"Isso que está acontecendo com a Tecpar, acontece com BioManguinhos e com
Butantan e todos eles recebem investimentos significativos ou possibilidade
de investimentos significativos com as parcerias que foram definidas e nós
vamos continuar avançando com essa política de atrair conhecimento para o
Brasil, aprender a fazer e aprendendo a fazer podemos desenvolver  moléculas
pelos nossos cientistas, patenteá-las e participar desse grande mercado
mundial, que é o mercado da saúde", ressaltou o ministro da Saúde, Ricardo
Barros.

O Trastuzumabe é um dos sete medicamentos biológicos que, no começo do ano,
passaram por reorganização em suas parcerias, distribuídos entre os
laboratórios públicos com maior expertise no tema: Butantan,
Biomanguinhos/Fiocruz e Tecpar. As demais instituições estão sendo
especializadas em outras sete plataformas: Síntese Química, hemoderivados,
doenças raras, fitoterápicos, doenças negligenciadas, produtos para a saúde
e medicina nuclear. O objetivo da especialização dos laboratórios, por meio
da Nova Política de Plataformas Inteligentes de Tecnologia em Saúde, é
oferecer competitividade, escala de comercialização dos produtos e
capacitação dos pesquisadores.

"Nós estamos fazendo vários acordos. O Tecpar, Biomanguinhos e o Butantan
ficaram especializados em medicamentos biológicos, portanto, a divisão de
transferência biológica destes produtos está concentrada nesses três
laboratórios, e o Tecpar tem participação em todos os mAbs na nova
plataforma, e passará a fornecer parte destes medicamentos ao SUS, e
enquanto ele for o único fornecerá 100% do Trastuzumabe", ressaltou o
ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Com a transferência de tecnologia, a expectativa é que haja um investimento
privado de R$ 6,4 bilhões, além da construção de, pelo menos, 3 novas
fábricas e geração de mais de 7.400 vagas de empregos qualificados. Também
está previsto, o envolvimento de cerca de 450 doutores especializados em
pesquisas para auxiliar o desenvolvimento de medicamentos e produtos para a
saúde.

Com a política na área farmacêutica, o Governo Federal possibilita a
transferência de tecnologia entre laboratórios públicos e privados, para,
com o poder de compra, estimular a produção no Brasil de medicamentos
estratégicos distribuídos no Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, a pasta
planeja uma economia total de R$ 5,3 bilhões/ano ao final de todas as
parcerias vigentes.

INCORPORAÇÃO - Na última quinta-feira (03/08), o Ministério da Saúde
publicou no Diário Oficial da União a ampliação de indicação do Trastuzumabe
aos pacientes com câncer metastático HER-2+ em primeira linha de tratamento,
conforme atualização que será realizada no Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas (PCDT). Atualmente o Ministério da Saúde atende 3.935 pacientes
com o medicamento.

BALANÇO - O Ministério da Saúde conta com 81 parcerias de desenvolvimento
produtivo vigentes, envolvendo 18 laboratórios públicos e 43 privados. Em
dezembro de 2016, após reunião do Grupo de Executivo do Complexo Industrial
da Saúde (GECIS), foram incorporados mais 7 parcerias ao rol já existente.
As PDPs têm como objetivo transferir tecnologias para a produção nacional de
medicamentos, insumos e tecnologias estratégicas para a saúde. O prazo
máximo para a conclusão do projeto, com a finalização da transferência de
tecnologia, será de até 10 anos.

Por Victor Maciel, da Agência Saúde

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