Mulheres portadoras do vírus
da hepatite C que utilizam o medicamento Viekira Pak
(ritonavir/ombitasvir/veruprevir+dasabuvir) não devem usar anticoncepcionais
orais contendo etinilestradiol.
A Anvisa publicou um Alerta Sanitário para advertir os profissionais de
saúde e as pacientes sobre os riscos de reações adversas graves decorrentes da
interação entre os dois medicamentos. Essas orientações, inclusive, já constam
na bula do Viekira Pak.
A Anvisa orienta ainda que as
pacientes consultem seu médico para orientações sobre a troca ou interrupção de
uso do anticoncepcional ou se sentirem cansaço, fraqueza, falta de apetite,
náusea, vômito e fezes descoloridas durante o tratamento com o Viekira Pak.
Acompanhamento médico
Os medicamentos contendo
etinilestradiol devem ser descontinuados aproximadamente 2 semanas antes do
início da terapia com Viekira Pak. Além disso, durante o tratamento, deve-se
realizar a troca dos anticoncepcionais contendo etinilestradiol por
medicamentos contraceptivos apresentando apenas progestágeno ou métodos de
contracepção não hormonais. O uso dos anticoncepcionais só pode ser retomado 2
semanas, aproximadamente, após a conclusão da terapia com Viekira Pak, mas é
imprescindível que o médico seja consultado para orientar todos os
procedimentos necessários.
Monitoramento da hepatite C
O Viekira Pak foi aprovado
pelo Ministério da Saúde para integrar o Protocolo Clinico de Diretrizes
Terapêuticas (PCDT) de hepatite C e desde agosto de 2016, a Anvisa, em parceria
com o Ministério da Saúde, vem monitorando os eventos adversos relacionados ao
uso desses novos medicamentos que foram incorporados no SUS em junho de 2015 e
constantes no atual Protocolo Clinico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de
Hepatite C.
Os pacientes que finalizaram e
também aqueles que iniciaram o tratamento mas interromperam e/ou abandonaram o
esquema terapêutico para o tratamento da hepatite C estão sendo contatados via
telefone pelas Coordenações Estaduais do Programa de Hepatites ou outro
parceiro do programa.
Assim, estão sendo
desenvolvidas ações para o tratamento dos pacientes com hepatite C com maior
segurança e efetividade.
Alertas relacionados
Antivirais de ação direta para tratamento de hepatite C: risco
de reativação da hepatite B (16/11/2016)
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