Ricardo Barros voltou a
afirmar que a solução para empresa estatal está posta e afirmou que virá a
Pernambuco discutir a questão
Ricardo Barros: "Eu tenho a solução"
O ministro da Saúde, Ricardo
Barros, afirmou que não irá entrar na questão do "bairrismo" para
tratar da questão da Hemobrás. A fábrica de hemoderivados instalada em Goiana,
na Mata Norte, corre o risco de perder força de produção caso parte das
atividades seja realizada no Paraná, com a entrada de parceiros privados
propostos pelo Ministério da Saúde.
"Não vou por essa questão
do bairrismo, da ideologia, da bandeira que não é a bandeira da eficiência.
Vocês estão aí gastando R$ 1 bilhão por ano com folha de pagamento numa fábrica
que não tem nem um prédio pronto, não funciona nada. É preciso respeitar o
dinheiro público. Nós vamos terminar a fábrica em Pernambuco se vocês
autorizarem", disse Ricardo Barros, em entrevista à Rádio Jornal, na manhã
desta quarta-feira.
Barros afirmou que a fábrica
de Goiana é um "esqueleto" e que a produção está abaixo do esperado.
"Espero que Pernambuco aceite terminar esse esqueleto que está aí, fazer
funcionar, trazer receita para o Estado, arrecadar impostos e dar trabalho, função,
utilidade aos funcionários que estão aí hoje concursados para trabalharem em
estruturas que não estão funcionando até hoje", disse.
"Se Pernambuco não quiser
a solução, não tem problema. Há autonomia do Conselho da Hemobrás de aceitar a
proposta e a fábrica pode ficar lá como está. Mas eu apresento soluções
práticas, tenho como resolver o problema, como funcionar a fábrica e é isso que
tem que discutir: como faremos para funcionar essa fábrica que está há tantos
anos parada. Eu acho a solução e sou criticado por isso", pontuou Ricardo
Barros.
O ministro não descartou a
possibilidade de vir ao Estado para debater a questão da Hemobrás. "Irei
ao Estado de Pernambuco e vou esclarecer que nós temos solução e não problema.
E não permitirei que a solução se transforme num problema, como se tenta fazer
pelos agentes políticos de Pernambuco", afirmou.
Questionado sobre o cronograma
de execução das obras pelo possível novo parceiro privado, o ministro afirmou
que as empresas têm interesse em concluir com rapidez as obras, já que precisam
repor os investimentos. "Estou falando de investimentos privados, não
estou falando de investimento público. O parceiro que encontramos é privado,
que vai colocar o dinheiro dele, vai colocar para funcionar. Evidentemente,
quer retornar o capital que investiu. Não vai deixar isso parado como se faz
com dinheiro público. Eu tenho a solução para terminar. Pergunte ao governo do
PT porque a fábrica não foi terminada e eu estou com a solução para
terminar", disse.
"Eu não vou aceitar essa
discussão bairrista, nós temos que resolver o problema e eu estou com a solução
para fazer funcionar essa fábrica que recebi anos sem funcionar e inacabada. Eu
tenho a solução. Espero que Pernambuco receba de braços abertos a solução desse
problema", acrescentou.
PERNAMBUCO
Ricardo Barros também afirmou
que o governo de Pernambuco não regularizou o terreno onde a Hemobrás foi
erguida. "Pernambuco precisa regularizar o terreno da fábrica e
integralizar o capital da Hemobrás que não integralizou até hoje. Mas isso não
impede dele ter o assento e não queremos fazer parcerias com o governo de
Pernambuco e com os pernambucanos", afirmou.
O Estado de Pernambuco hoje é
sócio da Hemobrás, com 1% de participação no capital. Os outros 99% pertencem à
União. Pela participação, o governo estadual indica um dos diretores. Hoje, o
nome apontado pelo Estado é Marcos Arraes, tio do ex-governador Eduardo Campos
e filho do também ex-governador Miguel Arraes
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