Conass e Conasems reforçam a
importância da vacinação de adolescentes contra a Covid-19
O Conselho Nacional de
Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais
de Saúde (Conasems) vêm a público manifestar profundo lamento às recentes
decisões do Ministério da Saúde na operacionalização da Campanha Nacional de
Vacinação Contra a Covid-19, com orientações sem qualquer consulta prévia às
representações estaduais e municipais da gestão do Sistema Único de Saúde ou
mesmo à Câmara Técnica Assessora do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Ao implementar unilateralmente
decisões sem respaldo técnico e científico, coloca-se em risco a principal ação
de controle da pandemia. Apesar de a vacinação ter levado a uma significativa
redução de casos e óbitos, o Brasil ainda apresenta situação epidemiológica
distante do que pode ser considerado como confortável, em razão do surgimento
de novas variantes.
Conass e Conasems reafirmam
sua confiança na Anvisa e nas principais agências sanitárias regulatórias do
mundo, que afirmam a segurança e eficiência da vacina Comirnaty, da Pfizer,
para crianças com 12 anos de idade ou mais. Também confiamos na Organização
Mundial da Saúde (OMS), que recomenda a aplicação desse imunizante após o
término da vacinação dos públicos de risco prioritários.
Manifestamos ainda nossa
solidariedade aos milhares de trabalhadores que vêm atuando na Campanha de
Vacinação contra a Covid-19. Quando o próprio Ministro da Saúde aponta, em entrevista
coletiva, que ocorreram pouco mais de 25.000 aplicações de vacinas diferentes
daquela recomendada para os adolescentes, temos que primeiramente considerar se
o dado é real, uma vez que erros de registro vêm sendo identificados, tanto por
eventual esgotamento dos servidores, como por dificuldades relacionadas aos
sistemas de informação. Importante considerar também que o montante referido
anteriormente representa 0,75% das mais de 3,5 milhões de doses já aplicadas
neste grupo populacional.
Enquanto executores desta importante política pública, Conass e Conasems, baseados nos atuais conhecimentos científicos, defendem a continuidade da vacinação para a devida proteção da população jovem, sem desconsiderar a necessidade de priorizar neste momento dentre os adolescentes, aqueles com comorbidade, deficiência permanente e em situação de vulnerabilidade. Carlos Lula Wilames Freire Presidente do Conass Presidente do Conasem.
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