A descoberta de qualquer doença com agilidade é fundamental para direcionar os pacientes a um tratamento seguro e eficaz, principalmente quando se fala de uma patologia altamente contagiosa, como é o caso da tuberculose. Estima-se que uma pessoa contaminada infecte de 10 a 15 pessoas no ano. Segundo dados do último Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, em 2021 foram notificados 68.271 casos novos de tuberculose no país.
A tuberculose é causada
pelo Mycobacterium tuberculosis, que afeta principalmente os
pulmões, podendo também atingir outras partes do organismo. Os principais
sintomas da doença são tosse persistente (com ou sem catarro e nos casos mais
graves, podendo ter sangue), febre, sudorese noturna, cansaço, dor no peito,
falta de apetite e emagrecimento.
A transmissão é por via aérea,
ocorrendo por meio de partículas contaminadas liberadas quando um indivíduo
doente espirra, tosse ou fala. O tratamento tem duração mínima de seis meses, é
feito com antibióticos e está disponível gratuitamente no Sistema Único de
Saúde (SUS).
Resultado rápido evita
tratamento inadequado
Dentre os exames utilizados
para diagnosticar a tuberculose, a baciloscopia de escarro ainda é o mais
comumente utilizado. Porém, segundo o médico infectologista Dr. Francisco
Beraldi de Magalhães, apresenta sensibilidade de 40% a 60%, em
média.
“Muito dessa baixa
sensibilidade se dá pelo fato de que o limite inferior de detecção da
baciloscopia é de 10.000 bacilos/ml, quantidade suficiente para que o paciente
já apresente cavitações pulmonares. Portanto, a baciloscopia nos trás um
diagnóstico mais tardio da doença. Além disso, outros agentes infecciosos como
as micobactérias não-tuberculosas (MNT), cada vez mais presentes no nosso dia a
dia e que apresentam terapêutica específica, também cursam com baciloscopia
positiva. Ou seja, a baciloscopia além de não ter boa sensibilidade não é um
exame espécie-específico e pode nos induzir a tratamentos errôneos”, explica
Beraldi.
Segundo a Organização Mundial
da Saúde (OMS), a tuberculose é a doença infecciosa que mais mata no mundo como
causa isolada. A demora no resultado pode gerar inúmeros problemas, como
agravamento do quadro clínico do paciente, tratamentos incorretos e maior
transmissão da doença na comunidade. Além disso, a necessidade de um maior
número de visitas médicas, suporte medicamentoso ou a necessidade de um leito
de isolamento em caso de internação, elevam significativamente os custos
médico-hospitalares. Um diagnóstico preciso e em tempo oportuno, melhora a
qualidade de vida do paciente, da comunidade e reduz custos
médico-hospitalares.
Desde 2008, a OMS recomenda
técnicas de biologia molecular para o diagnóstico da tuberculose. Em julho de
2021, o Ministério da Saúde aprovou a incorporação desses testes de sonda em
linha, no rol de exames. A Mobius Life Science, por exemplo, oferece testes com
diagnóstico completo para detectar a tuberculose. O Kit XGEN MASTER MTB
oferece um resultado rápido, assertivo e com uma alta
sensibilidade e especificidade.
Dificuldade no diagnóstico de
resistências medicamentosas
Uma grande ameaça ao
tratamento da tuberculose é a resistência aos medicamentos. Um dos
motivos que leva ao surgimento desse quadro é o abandono dos pacientes ao
tratamento após melhora nos sintomas, como explica o infectologista. “Se o
esquema terapêutico é equivocado, realizado de maneira irregular, com doses
inadequadas ou interrompido precocemente, cepas resistentes aos medicamentos
podem ser selecionadas, caracterizando a resistência adquirida”.
Ainda segundo Beraldi, a
demora no diagnóstico da resistência pode comprometer o tratamento e permitir a
transmissão de cepas resistentes na comunidade. “Sem diagnóstico de
resistência, o tratamento não é adequado. Com tratamento inadequado, o paciente
não melhora, potencializa o surgimento de resistência aos demais fármacos, e
acaba por transmitir TB-DR”.
Para esses casos, a Mobius oferece dois testes que detectam a tuberculose e os genes que provocam resistência aos fármacos de 1º e 2º linha, o Genotype MTBDRplus e Genotype MTBDRsl. Ambos, garantem em poucas horas um resultado seguro e confiável a partir de amostras clínicas ou isolados de cultura. (Com informações da De Propósito – 19.10.22)
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