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segunda-feira, 8 de maio de 2017

Atenção para o uso racional, seguro e responsável de medicamentos

Em alusão a data que marca o Uso Racional, Seguro e Responsável de medicamentos, lembrada no dia 5 de maio, o Ministério da Saúde reuniu o Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos (CNPURM) para discutir a agenda de 2017 e a organização do VI Congresso Brasileiro sobre o Uso Racional de Medicamentos e I Congresso Pan-Americano sobre Uso Racional de Medicamentos. As discussões em torno do tema ainda reforçam a importância de utilizar os medicamentos corretamente, fazer o descarte adequado, e estar atento aos riscos de intoxicação.

Geisa Farani, Consultora Técnica do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF), do Ministério da Saúde, explica que esta agenda não envolve apenas os profissionais de saúde. “A gente tem que entender que todos nós somos responsáveis, não só o profissional como o próprio cidadão. Através das recomendações e ações é possível fortalecer as equipes e mostrar à população a importância que ela tem”.

Além disso, a farmacêutica Célia Chaves, integrante do Comitê como representante da Federação Nacional de Farmacêuticos, reforça que o Uso Racional de Medicamentos já vem sendo discutido mundialmente há muito tempo. “É uma questão que aflige a todos, as populações mais ricas e as mais pobres, tanto pela medicalização exagerada quanto pela falta de medicamento”. 

Na imagem abaixo, clique nas bolinhas ao lado de cada recomendação para saber mais sobre o uso racional, seguro e responsável de medicamentos:



















Feito com o
Segundo a Pesquisa Nacional de Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), a prevalência da automedicação no Brasil foi de 16,1%, relatada na quinzena anterior ao momento da pesquisa, sendo que os medicamentos mais utilizados foram relaxantes musculares e analgésicos. Já informações do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) mostram que em 2013 houve no país 48 milhões de atendimentos de urgência, os quais resultaram em 11 milhões de internações financiadas pelo SUS.

Se o tratamento não for feito da maneira adequada, como foi prescrito, pode haver consequências para a população. É isso que explica Cleonice Gama, coordenadora do Programa Farmácia Popular do Brasil, do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF), do Ministério da Saúde. “Os medicamentos servem para auxiliar na melhora da saúde da população. É muito importante usar esses medicamentos adequadamente porque eles podem ter um efeito  colateral indesejado, e podem causar intoxicações ou um sub efeito, onde você só mascara os sintomas”.

Outro ponto importante é que usar de maneira irracional não é apenas utilizar em excesso. Todo o processo que envolve o uso do medicamento deve ser feito com cuidado, desde os profissionais que prescrevem nas Unidades de Saúde até o cidadão que vai fazer o uso em casa. “No SUS, por exemplo, nós temos a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais, e as prescrições devem seguir Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas. explica Cleonice.

Após a prescrição, no momento que o medicamento  chega ao usuário, é importante tomar a quantidade certa, na hora certa, pelo tempo que foi determinado. Não é indicado suspender o tratamento antecipadamente, principalmente nos casos de antibióticos, quando pode ocorrer o surgimento de resistência bacteriana, e consequente desenvolvimento de superbactérias, dificultando  encontrar o tratamento adequado dentro das opções terapêuticas disponíveis para aquela doença.

Outro aspecto que a população também deve levar em conta é o controle na hora de armazenar os medicamentos: eles devem estar no local adequado, em condições ideais de temperatura. Aqueles que são termos- sensível devem ficar na geladeira, e o que não é termo-sensível deve estar a uma temperatura ambiente adequada. Também é necessário observar se houve a degradação dos medicamentos, como alteração de cor, formato, aparência, e sabor.

Após utilizar a quantidade prescrita de medicamento, caso haja sobras, elas devem ser descartadas em local correto, não devendo ser jogadas no vaso sanitário ou pia da cozinha, pois isso vai gerar uma cadeia de contaminação no meio ambiente.

  • Veja aqui o especial do Blog da Saúde sobre o descarte correto de medicamentos!
O Ministério da Saúde disponibiliza ainda para a população a Cartilha para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos, que está disponível aqui.

 Aline Czezacki, para o Blog da Saúde


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