Número de embriões congelados
para reprodução assistida no Brasil dobrou no período de 2012 a 2016. Pacientes
devem checar se clínica está legalizada.
Somente no ano
passado, 66.597 embriões foram congelados no Brasil nos Bancos
de Células e Tecidos Germinativos - BCTGs, mais conhecidos como
clínicas de Reprodução Humana Assistida. O número reflete a
busca dos brasileiros por ajuda médica na hora em que desejam ter filhos. A
quantidade de embriões congelados em 2016 é o dobro do registrado em 2012,
quando as clínicas relataram o congelamento de pouco mais de 30 mil
embriões. Os números estão no 10º Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões
(SisEmbrio), publicado pela Anvisa.
A reprodução assistida começa
com a estimulação ovariana da mulher, por meio de hormônios, para a produção de
óvulos (oócitos). Após essa etapa, o espermatozoide do seu parceiro
ou de um doador anônimo é inseminado no óvulo. Quando esse procedimento tem sucesso
é gerado um embrião que pode ser transferido para o útero.
O relatório da Anvisa mostra
que, em 2016, foram realizados 33.790 procedimentos de estímulo para
a produção de óvulos por mulheres que querem passar por esse tipo de
procedimento. Mas o número de pacientes é menor, já que uma mulher pode passar
por mais de um ciclo quando a gravidez não tem sucesso.
No
mesmo período, 67.292 embriões foram transferidos para dar início a
uma gravidez e outros 55.381 foram descartados por serem inviáveis
devido a problemas de desenvolvimento.
Inseminação artificial tem
risco?
Os dados do
relatório mostram que os indicadores no Brasil têm se mantido
estáveis e com padrões de qualidade comparáveis aos dados obtidos em
outros países. Esses indicadores são utilizados pela
Anvisa e pelas vigilâncias sanitárias de estados e
municípios para direcionar ações¿de inspeção sanitária
nos bancos.
Uma das maiores preocupações
em relação às clínicas de reprodução assistida é garantir
a rastreabilidade de todo o processo, desde a retirada do óvulo até a
implantação do embriões no útero da paciente. Esse controle é
fundamental para se evitar a troca de embriões.
O risco de transmissão de
doenças é pequeno, mas pode ocorrer principalmente se a clínica não fizer
uma avaliação correta dos doadores de espermatozoides. Outro risco é
a contaminação cruzada que pode ocorrer quando o material biológico
de uma paciente entra em contado com outro material, de forma
indevida.
O que faço para me
proteger?
A
primeira providência é verificar se a clínica está no
relatório da Anvisa e se ela enviou os dados em 2016. Se a
clínica que você procurou não informou dados em 2016 fique atento,
isso significa que o serviço pode ter algum problema de organização
interna e não conseguiu enviar os dados pelo sistema. O
relatório traz dados atualizados até 10 de fevereiro deste ano.
Atenção! Se o nome da
clínica que você procura não aparece na lista do relatório, procure
a Vigilância Sanitária local para saber se o estabelecimento está em
processo de regularização, você pode estar diante de umca clínica clandestina.
Entenda os
números da reprodução assistida
O relatório do Sistema
Nacional de Produção de Embriões é um documento de referência para a
fiscalização das vigilâncias sanitárias, mas que também pode auxiliar as
pessoas que vão passar por esse tipo de procedimento.
O principal número utilizado
para analisar a qualidade dos serviços é a Taxa de Fertilização que indica o
percentual de vezes em que a inseminação do espermatozoide no óvulo
deu certo. No Brasil, a média da Taxa de Fertilização em 2016 ficou em
73%. Mesmo assim, o número não deve ser utilizado de forma isolada para
comparação entre as clínicas, pois essa taxa também depende do perfil das
pacientes e do número de ciclos realizados pelo serviço.
Inseminação artificial no
Brasil em 2016
- Brasil tem 160 serviços de reprodução
assistida cadastrados. Desses, 141 mandaram informações sobre sua
produção em 2016.
- São Paulo é o estado com maior número de
serviços (43), seguido por Minas Gerais (19), Paraná (14) e Rio de Janeiro
(12).
- 33.790 ciclos para produção de óvulos
foram realizados.
- 67.292 embriões foram transferidos para o
útero das pacientes.
- 55.381 embriões foram descartados.
- 83 embriões foram doados para pesquisa de
células-tronco.
- 9 é a média de óvulos gerados por cada
mulher que se submeteu ao procedimento no Brasil.
- 96% é a taxa de clivagem, quando
os embriões se fixam no útero da mulher
Saiba mais assistindo ao vídeo
abaixo.
Por: Ascom/Anvisa
0 comentários:
Postar um comentário