
Vacina da febre amarela é
eficaz, mesmo com mutação, segundo Ministério da Saúde
O ministro da Saúde, Ricardo
Barros, comentou hoje (15) pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que
identificou oito mutações em sequências genéticas do vírus da febre amarela do
surto de 2017. Segundo ele, a vacina continua eficaz contra a variação do
vírus, no entanto afirmou que haverá avaliação sobre melhorias. “Os resultados
apontam que nossa vacina continua eficaz para esse vírus que sofreu a mutação.
Evidentemente, vamos avaliar isso e ver se podemos fazer alguma melhoria que
seja necessária”. Ele afirmou que a Fiocruz fará o acompanhamento técnico dessa
questão.
Saiba Mais
Ao participar de evento hoje
em São Paulo, Barros disse ainda que o país tem um estoque de 10 milhões de
vacinas que serão aplicadas em áreas que antes não eram de recomendação e
passarão agora a ter proteção para evitar que, em 2018, haja novo surto da
doença.
Mutação
A comprovação da mutação foi
feita a partir dos primeiros sequenciamentos completos do genoma de amostras de
dois macacos do tipo bugio encontrados em uma área de mata, no Espírito Santo,
no fim de fevereiro deste ano. Para os pesquisadores, as alterações genéticas
não comprometem a eficiência da vacina contra a doença, mas a Fiocruz vai
pesquisar se elas tornam o vírus mais agressivo. Os estudos mostraram que os
microrganismos pertencem ao subtipo genético conhecido como linhagem Sul
Americana 1E, que segundo os pesquisadores, é predominante no Brasil desde
2008.
Foto: OMS/ONU, Edição: Amanda
Cieglinski, Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
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