Uma
nova rodada de negociação entre o Mercosul e a União Europeia (UE) para um
acordo de livre comércio acontece ao longo desta semana, em Bruxelas, na
Bélgica. Representantes da indústria brasileira estão presentes na reunião, que
teve início na última segunda-feira (3) e segue até sexta-feira (7), para
pressionar pela aceleração das negociações entre os dois blocos.
O
objetivo do empresariado brasileiro é garantir, no fim deste ano, o acordo que
conterá questões prioritárias já estabelecidas entre os dois blocos. A missão
empresarial, liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), leva 30
líderes de indústrias ligados a setores da agroindústria e da indústria na
pauta comercial com o bloco europeu.
Para
a negociação, a CNI preparou documento de posição da indústria que foi entregue
ao governo brasileiro. Nele, o setor industrial apresenta 79 propostas em dez
temas: comércio de bens; regras de origem; aduana e facilitação de comércio;
medidas sanitárias e fitossanitárias; cooperação e capacitação; desenvolvimento
sustentável; defesa comercial; comércio de serviços e estabelecimento; e
compras governamentais.
Entre
os principais pleitos, está a ampliação do prazo de até 10 anos para até 15
anos na desgravação tarifária, que é a redução a zero da tarifa de importação
de alguns produtos.
De
acordo com a CNI, a União Europeia, de forma geral, apresenta tarifas baixas e
quase um quarto dos bens possuem tarifa zero. Entretanto, em 1.001 produtos que
a CNI calculou que o Brasil possui oportunidades de exportação para a UE, o
bloco aplica tarifa para 67% deles.
O
setor também defende aumentar quota de redução tarifária para o agronegócio
brasileiro, principalmente para carne de frango e bovina, tabaco e açúcar, e
eliminar reservas de carga no transporte marítimo entre países do Mercosul e da
União Europeia e com terceiros países.
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