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quarta-feira, 5 de julho de 2017

CNI quer agilizar acordo comercial entre Mercosul e União Europeia

Uma nova rodada de negociação entre o Mercosul e a União Europeia (UE) para um acordo de livre comércio acontece ao longo desta semana, em Bruxelas, na Bélgica. Representantes da indústria brasileira estão presentes na reunião, que teve início na última segunda-feira (3) e segue até sexta-feira (7), para pressionar pela aceleração das negociações entre os dois blocos.

O objetivo do empresariado brasileiro é garantir, no fim deste ano, o acordo que conterá questões prioritárias já estabelecidas entre os dois blocos. A missão empresarial, liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), leva 30 líderes de indústrias ligados a setores da agroindústria e da indústria na pauta comercial com o bloco europeu.

Para a negociação, a CNI preparou documento de posição da indústria que foi entregue ao governo brasileiro. Nele, o setor industrial apresenta 79 propostas em dez temas: comércio de bens; regras de origem; aduana e facilitação de comércio; medidas sanitárias e fitossanitárias; cooperação e capacitação; desenvolvimento sustentável; defesa comercial; comércio de serviços e estabelecimento; e compras governamentais.

Entre os principais pleitos, está a ampliação do prazo de até 10 anos para até 15 anos na desgravação tarifária, que é a redução a zero da tarifa de importação de alguns produtos.

De acordo com a CNI, a União Europeia, de forma geral, apresenta tarifas baixas e quase um quarto dos bens possuem tarifa zero. Entretanto, em 1.001 produtos que a CNI calculou que o Brasil possui oportunidades de exportação para a UE, o bloco aplica tarifa para 67% deles.

O setor também defende aumentar quota de redução tarifária para o agronegócio brasileiro, principalmente para carne de frango e bovina, tabaco e açúcar, e eliminar reservas de carga no transporte marítimo entre países do Mercosul e da União Europeia e com terceiros países.



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