A Secretaria de Ciência,
Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde, por meio do
Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde (DECIIS), promoveu,
nesta terça-feira (04), a Reunião Temática: Rota Tecnológica para o
Desenvolvimento do Fármaco L-asparaginase, na Sede da Agência Brasileira de
Desenvolvimento Industrial (ABDI), em Brasília-DF.
O objetivo do evento foi
promover conhecimento e comparar resultados das pesquisas brasileiras com
asparaginase humana, de levedura, de E. coli, Erwinia,
sintética e de microbactéria, com vistas ao desenvolvimento de novos fármacos,
para oferta a médio e longo prazo, como forma de ampliar o acesso do usuário,
promover a eficácia e a efetividade no tratamento da leucemia linfoblástica
aguda, bem como o ganho em competitividade, contribuindo para a redução da
dependência do mercado externo e para o fortalecimento do Complexo Industrial e
de Inovação em Saúde do Brasil.
O evento foi marcado pela
articulação entre governo, iniciativa privada e pesquisadores - o tripé
necessário ao desenvolvimento tecnológico do país - e, além de pesquisadores e
especialistas da USP e da Fiocruz, estiveram presentes representantes do
Ministério da Saúde da SCTIE (DAF, DECIIS, DECIT, DGITS) e da SAS (GAB e DAET),
da ANVISA, da ABDI, da Unidade de Medicamentos, Tecnologia e Pesquisa em Saúde
da OPAS/OMS, das indústrias farmacêuticas Cristália, Orygem, EMS e BLAU.
O Diretor do DECIIS e
Secretário Substituto da SCTIE Rodrigo Silvestre abriu o evento, sinalizando a
importância do tema e a necessidade de definição de rota tecnológica para o
desenvolvimento de produtos para a saúde, como o fármaco L-asparaginase, para
alavancar o Complexo Industrial do país. A Chefe de Gabinete da SAS, Inês
Gadelha referenciou historicamente o tratamento dos pacientes com leucemia e o
uso do fármaco. Na sequência o pesquisador da Fiocruz-RJ, Win De Grave,
apresentou os aspectos gerais sobre a L-asparaginase, estudos e desafios.
Os pesquisadores Adalberto
Pessoa Jr. (USP), Nilson Zanchin (Fiocruz/PR), Maria Antonieta Ferrara
(Fiocruz/Farmanguinhos) e Marcos Lourenzoni (Fiocruz/CE) apresentaram seus
estudos com Asparaginase de E.coli, Erwinia,
sintética, M. smegmatis, levedura e humana, com resultados
expressivos.
Ao final, foi pactuada a
elaboração de documento base com a contribuição de todos os presentes e a
criação de grupo de trabalho, formado por profissionais - com perfil acadêmico,
de produção e de gestão - do Ministério da Saúde (sob a coordenação do DECIIS),
pesquisadores da USP e da Fiocruz, além das unidades de produção Biomanguinhos
e Farmanguinhos, para a formulação de um projeto de desenvolvimento de um novo
fármaco de asparaginase.
A Anvisa contribuirá com as
orientações regulatórias e a iniciativa privada poderá auxiliar e participar do
processo de produção após a fase de formatação do projeto desse produto
brasileiro inovador, essencial para o tratamento de saúde oncológico a nível
global.
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