A
Secretaria do Estado da Saúde (SES-GO) e a Agência Goiana de Habitação firmaram
parceria de cooperação técnica para validação dos casos de microcefalia
apresentados pelas famílias que se inscreveram nos programas habitacionais de
interesse social em Goiânia e Aparecida de Goiânia. O número de casos
apresentados em Aparecida de Goiânia chamou a atenção da Secretaria de Saúde.
As
inscrições para o sorteio do Residencial Buriti Sereno somaram 18.365
inscritos, dos quais 14.445 habilitados. Entre os habilitados, 113 alegaram que
têm na família um membro com microcefalia. A Portaria Nº 163, do Ministério das
Cidades, editada em 2016, garante que famílias com portadores de microcefalia
não precisam passar pelo sorteio para receber unidades habitacionais do
programa Minha Casa Minha Vida.
O
acordo foi firmado nesta segunda-feira, durante encontro entre o secretário da
Saúde, Leonardo Vilela, e o presidente da Agehab, Luiz Antonio Stival
Milhomens, na sede da SES. “Hoje temos um comitê qualificado para atestar com
segurança os laudos de microcefalia, de forma que a portaria ministerial seja
aplicada corretamente, garantindo o direito do cidadão, sem prejuízos aos
demais”, salientou o secretário.
A
parceria entre Agehab e SES vai ao mesmo tempo fortalecer a lisura e
transparência da política habitacional do Estado e melhorar a coleta de dados e
assistência às famílias, diminuindo a subnotificação nos casos de microcefalia
e oferecendo o atendimento especializado que esses casos têm direito no serviço
de saúde. “Isso dá mais segurança ao trabalho que temos feito”, diz Luiz
Stival.
Trabalho
pioneiro
A parceria entre a Agehab e a Secretaria Estadual de Saúde vai criar um protocolo de validação que será pioneiro no País, pois a Portaria do Ministério das Cidades é do segundo semestre de 2016 e a notificação obrigatória dos casos de microcefalia relacionados à zika começou em novembro de 2015.
A parceria entre a Agehab e a Secretaria Estadual de Saúde vai criar um protocolo de validação que será pioneiro no País, pois a Portaria do Ministério das Cidades é do segundo semestre de 2016 e a notificação obrigatória dos casos de microcefalia relacionados à zika começou em novembro de 2015.
A
Secretaria de Saúde e a Agehab vão construir um fluxo de trabalho dentro do
protocolo que vai validar os casos: o primeiro passo será verificar se os casos
declarados e com laudos de microcefalia apresentados nas inscrições para os
sorteios da Agehab estão no banco de referência nacional do Ministério da
Saúde, que registra esses casos. Se não atenderem os critérios, serão
analisados pelo comitê da Secretaria, para validação ou não, e indicar qual a
origem da microcefalia. Também poderá ser criado um banco de dados específico
que cruze informações da saúde e da habitação, para auxiliar na assistência
médica e social às famílias com microcefalia e também com outras doenças.
Assistência
completa
A microcefalia é uma condição neurológica muito pouco comum em que o crânio e o cérebro da criança é menor do que a de outras crianças na mesma faixa etária e do mesmo sexo. Causada por alterações genéticas ou infecções durante a gravidez, em geral é diagnosticada logo após o nascimento da criança ou por meio de ultrassonografia durante a gestação. Em novembro de 2015, o Ministério da Saúde comprovou a relação entre a microcefalia e o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, como causador dessa doença, tornando obrigatória a sua notificação para os serviços de saúde. Os bebês com microcefalia terão problemas de desenvolvimento. Mas alguns tratamentos melhoram significativamente o desenvolvimento da criança e sua qualidade de vida.
A microcefalia é uma condição neurológica muito pouco comum em que o crânio e o cérebro da criança é menor do que a de outras crianças na mesma faixa etária e do mesmo sexo. Causada por alterações genéticas ou infecções durante a gravidez, em geral é diagnosticada logo após o nascimento da criança ou por meio de ultrassonografia durante a gestação. Em novembro de 2015, o Ministério da Saúde comprovou a relação entre a microcefalia e o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, como causador dessa doença, tornando obrigatória a sua notificação para os serviços de saúde. Os bebês com microcefalia terão problemas de desenvolvimento. Mas alguns tratamentos melhoram significativamente o desenvolvimento da criança e sua qualidade de vida.
A
Secretaria do Estado da Saúde (SES-GO) registrou 273 casos de microcefalia ou
alterações Sistema Nervoso Central em recém-nascido no período de 23 de
novembro de 2015 a 8 de fevereiro deste ano, quando se tornou obrigatória a
notificação desta condição clínica. Deste total, 44 foram confirmados como
infecção congênita, sendo que 48 são em consequência da infecção pelo zika
vírus. Os dados constam do Boletim de Microcefalia e/ou Alterações do Sistema
Nervoso Central, elaborado pelo Centro de Informações Estratégicas e Resposta
em Vigilância em Saúde (CIEVS) da SES-GO, divulgado esta semana.
Para
acompanhar os recém-nascidos com microcefalia em Goiás, a SES-GO conta com o
Comitê Estadual de Acompanhamento de Casos e Óbitos por Microcefalia. O grupo
se reúne mensalmente, com a participação de representantes do Centro de
Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER), Secretaria Municipal
de Saúde de Goiânia, Hospital Materno Infantil, Maternidade Dona Iris e das
Superintendências de Vigilância em Saúde (Suvisa) e de Políticas de Atenção
Integral em Saúde (Spais).
Os
bebês com microcefalia contam com uma rede de assistência, que tem o CRER como
referência para o diagnóstico conclusivo, com a realização de exames
laboratoriais, de imagem e outros para a confirmação ou descarte da
microcefalia e/ou alterações do Sistema Nervoso Central. Além do atendimento na
atenção especializada no CRER, todos os recém-nascidos devem manter as
consultas de puericultura na atenção básica conforme os Cadernos de Atenção
Básica nº 33: Saúde da Criança – Crescimento e Desenvolvimento. Os recém-nascidos
com microcefalia, além do acompanhamento na puericultura, devem também ser
encaminhados para a estimulação precoce.
No
estado de Goiás existem 11 Centros Especializados em Reabilitação que estão
disponíveis para o atendimento destes recém-nascidos: (6 CER em Goiânia -
dentre eles o Crer; 1 em Trindade, 1 em São Luís dos Montes Belos, 1 na Cidade
de Goiás, 1 em Anápolis e 1 em Ceres).
Fonte: SES/GO
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