Estudo aponta que já existe escassez do produto no
Brasil, assim como em mais cinco países
Cerca de 40 milhões de pessoas com diabetes tipo 2
podem ficar sem acesso à insulina em 2030, alertou um estudo publicado
recentemente na revista Lancet: Diabetes and Endocrinology. O
problema da insuficiência de insulina afeta principalmente países emergentes.
Um estudo anterior revelou que seis países, entre eles o Brasil, já apresentam
baixa disponibilidade do remédio.
O motivo para a possível escassez é o crescimento
mundial da doença, causado pela epidemia de obesidade que atinge a população.
Atualmente o número de diabéticos tipo 2 é de 405,6 milhões de pessoas – das
quais 33 milhões já não têm acesso ao medicamento – e estima-se que na próxima
década esse número deva subir para 510,8 milhões.
Segundo especialistas, a dificuldade global do
acesso ao produto só não é maior porque muitos pacientes diagnosticados com o
tipo 2 não necessitam da insulina, que é essencial para a sobrevivência de quem
tem o tipo 1.
Um estudo sobre a disponibilidade do produto
concluiu que, além do Brasil, há problemas em Bangladesh, Malawi, Nepal,
Paquistão e Sri Lanka. Outro problema que afeta a disponibilidade é a má gestão
e a distribuição ineficiente. Em Moçambique, por exemplo, 77% da oferta de
insulina permanece na capital, resultando em escassez no resto do país.
Medicamentos com alta demanda geralmente se tornam
mais acessíveis depois que suas patentes expiram, pois são criados genéricos
com preços mais baratos. Porém, no caso da insulina, isso não aconteceu. A
explicação está no fato de que ela é mais complexa e difícil de copiar.
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