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sábado, 29 de dezembro de 2018

CERCA DE 40 MILHÕES DE DIABÉTICOS PODEM FICAR SEM INSULINA NO MUNDO EM 2030


Estudo aponta que já existe escassez do produto no Brasil, assim como em mais cinco países

Cerca de 40 milhões de pessoas com diabetes tipo 2 podem ficar sem acesso à insulina em 2030, alertou um estudo publicado recentemente na revista Lancet: Diabetes and Endocrinology. O problema da insuficiência de insulina afeta principalmente países emergentes. Um estudo anterior revelou que seis países, entre eles o Brasil, já apresentam baixa disponibilidade do remédio.

O motivo para a possível escassez é o crescimento mundial da doença, causado pela epidemia de obesidade que atinge a população. Atualmente o número de diabéticos tipo 2 é de 405,6 milhões de pessoas – das quais 33 milhões já não têm acesso ao medicamento – e estima-se que na próxima década esse número deva subir para 510,8 milhões.

Segundo especialistas, a dificuldade global do acesso ao produto só não é maior porque muitos pacientes diagnosticados com o tipo 2 não necessitam da insulina, que é essencial para a sobrevivência de quem tem o tipo 1.

Um estudo sobre a disponibilidade do produto concluiu que, além do Brasil, há problemas em Bangladesh, Malawi, Nepal, Paquistão e Sri Lanka. Outro problema que afeta a disponibilidade é a má gestão e a distribuição ineficiente. Em Moçambique, por exemplo, 77% da oferta de insulina permanece na capital, resultando em escassez no resto do país.
Medicamentos com alta demanda geralmente se tornam mais acessíveis depois que suas patentes expiram, pois são criados genéricos com preços mais baratos. Porém, no caso da insulina, isso não aconteceu. A explicação está no fato de que ela é mais complexa e difícil de copiar.

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