O Chile fornecerá, a partir do
primeiro trimestre de 2019, um comprimido que previne o HIV em populações de
alto risco, para enfrentar o aumento dos contágios deste vírus, que dobraram
nos últimos sete anos.
A chamada profilaxia
pré-exposição (PrEP) faz parte de um novo plano contra o HIV/aids implementado
pelo governo chileno e será aplicada como tratamento preventivo para populações
de alto risco, explicou nesta quinta-feira (27) em coletiva de imprensa o
ministro da Saúde, Emilio Santelices.
"O que estamos definindo
agora é quais serão os protocolos", para implementar o tratamento durante
o primeiro trimestre de 2019, acrescentou.
A pílula diminuiria em quase
90% o risco de contágio, e o valor comercial do tratamento mensal chegaria a
600 dólares.
O plano oficial inclui também
campanhas de prevenção em meios de comunicação tradicionais e redes sociais,
além da realização de testes rápidos em universidades, penitenciárias e zonas
de colheita, onde há milhares de trabalhadores temporários, entre outros
lugares públicos.
As medidas foram adotadas após
a constatação de que os contágios por HIV dobraram no Chile nos últimos sete
anos, passando de 2.900 infectados confirmados em 2010 a 5.816 em 2017.
Jovens e adolescentes - com
uma média de idade de 25 anos - formam o grupo de maior risco, de acordo com as
autoridades, que acreditam, no entanto, que o número real de afetados supera
bastante as cifras oficiais.
Os dados apontam
principalmente para uma mudança na conduta sexual dos jovens chilenos e para a
falta de educação sexual adequada desde ao menos uma década.
As terapias retrovirais no
Chile são fornecidas de forma gratuita a todos os portadores do vírus.
AFP
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