Em um ano,
projeto Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala evitou 1.096
infecções hospitalares e 347 óbitos
O
Ministério da Saúde obteve um passo importante na redução das mortes provocadas
por infecções hospitalares nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de 199
hospitais públicos do país. Ao longo de um ano, o projeto colaborativo
“Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil” incentivou a
adoção de novos hábitos e cuidados dos pacientes e dos profissionais de saúde
que atuam nos hospitais. Desta forma, a iniciativa conseguiu reduzir em 30% a
ocorrência de infecções da corrente sanguínea, urinária e pneumonia associada à
ventilação mecânica. Significa que 1.096 infecções hospitalares foram evitadas
e, consequentemente, 347 vidas foram salvas.
A infecção
hospitalar é aquela adquirida dentro do serviço de saúde, principalmente em
enfermarias e UTIs. A maior parte é provocada por micro-organismos presentes no
próprio paciente ou no meio ambiente e que se aproveitam quando o sistema de
defesa está mais frágil. As infecções também podem ser transmitidas pelas mãos
do profissional de saúde ou do acompanhante, por equipamentos invasivos, como
respirador para ventilação mecânica, ou mesmo por contato com outros pacientes.
Por isso, de acordo com a metodologia do projeto, o simples ato de lavar as
mãos é o ponto inicial para a diminuição das infecções no ambiente hospitalar.
Estima-se que, no Brasil, a taxa de infecções hospitalares atinja 14% das
internações.
O Projeto
Colaborativo “Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil” é
desenvolvido pelo Ministério da Saúde, em parceria com os cinco hospitais de
excelência que participam do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional
do SUS (PROADI-SUS): Sírio-Libanês (SP), Israelita Albert Einstein (SP), Alemão
Oswaldo Cruz (SP), Hospital do Coração (SP) e Moinhos de Vento (RS). A
principal meta é reduzir as principais infecções relacionadas à assistência à
saúde (IRAS).
Participa
ainda da iniciativa o Institute for Healthcare Improvement (IHI), que tem como
referência a melhor prática de saúde para o paciente aplicada no mundo inteiro
para evitar óbitos a partir do respeito às práticas seguras.
SEGURANÇA
DO PACIENTE
O projeto
terá, inicialmente, três anos de intervenção. Nesse período, a estimativa é
salvar 8.500 vidas, reduzindo em até 50% as infecções nas UTIs. A iniciativa
visa ainda reduzir mais de um bilhão de insumos desperdiçados.
Cada
hospital de excelência coordena o projeto, em média, em 24 hospitais públicos,
sendo os responsáveis pela mobilização e capacitação dos profissionais desses
serviços. A partir daí, a cada três ou quatro meses, acontecem as Sessões de
Aprendizage (SAPS), que envolvem todos os hospitais participantes para que
possam trocar experiências, avaliar os indicadores e resultados do projeto em
cada etapa de seu desenvolvimento. Durante essas reuniões também são realizadas
oficinas técnicas e motivacionais para auxiliar os profissionais e gestores.
A
metodologia aplicada no projeto defende que o paciente deva ser inserido como
parte da equipe para que ajude na sua própria recuperação e cuidado. Os
indicadores foram apresentados na última Sessão de Aprendizagem (SAP 4), que
aconteceu em novembro deste ano, em São Paulo. O encontro contou com mais de 500
participantes, entre eles, representantes dos hospitais públicos integrantes do
projeto, Secretarias Estaduais de Saúde e dos cinco Hospitais de Excelência
parceiros do Ministério da Saúde na implantação e coordenação deste projeto. A
próxima SAP será realizada em São Paulo, durante os dias 12 e 13 de março de
2019.
Acesse a
página do projeto, no link: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/seguranca-do-paciente
Por Nicole
Beraldo, da Agência Saúde
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