O Conselho Nacional de Saúde
(CNS) encerrou seu processo eleitoral para a gestão 2018-2021 nesta sexta
(14/12). Ao todo, 143 são conselheiros e conselheiras entre titulares e
suplentes. Desses, 60 são novos nomes que vão ter a importante função de
deliberar e fiscalizar as políticas de saúde no Brasil. Entre os titulares, a
seguir, as 10 novas pessoas que vão contribuir com o controle social do Sistema
Único de Saúde (SUS).
Durante a posse política dos
conselheiros e conselheiras, realizada ontem no Hotel Nacional, em Brasília, o
ex-presidente do CNS Ronald dos Santos, emocionado, declarou. “Esse é um
momento de celebração do nosso povo e da democracia”. O novo presidente do CNS
é Fernando Pigatto, representante da Confederação Nacional dos Moradores
(Conam), eleito entre os conselheiros e conselheiras para a próxima gestão.
Ruth Guilherme – Associação
Brasileira de Nutrição-Asbran (Asbran)
“Nossa preocupação social é
com a fome, a desnutrição e também com a obesidade. Há um percentual elevado de
sobrepeso e obesidade entre os trabalhadores. Queremos olhar para essas
pessoas. Dar alimentação não é suficiente. Temos que ter alimentação com
qualidade e segurança para evitar transtornos alimentares e doenças. Passamos
muito tempo no Mapa da Fome, depois conseguimos sair, porém saímos da
subnutrição para a obesidade. Como nutricionista, quero contribuir com um
olhar para essa área”.
Mário Nicácio – Coordenação
das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab)
“Nosso papel é transformar as
ações em realidade. Vou trazer as reivindicações, demandas e problemas que
temos nas comunidades indígenas para debater no CNS. A falta de médicos com a
saída dos médicos cubanos dos Mais Médicos atingiu bastante nossos povos. Quero
aproximar nossos povos do conselho e abrir diálogo”.
Laís Alves de Souza Bonilha –
Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia (Abenfisio)
“Esse momento é muito
importante, vivemos uma situação de grandes ameaças aos direitos conquistados
pela população e um deles é a saúde. Assumimos o compromisso, a partir do
controle social, de lutar em defesa do SUS, da saúde e da vida da população
brasileira”.
Albanir Santana – Federação
Nacional das Apaes (Fenapaes)
“Nós trazemos a luta de
direitos para as pessoas com deficiência. Tem muita coisa que já conquistamos,
mas ainda falta conquistarmos muito mais. Em muitos lugares ainda não se
respeitam as causas das pessoas com deficiência, como a questão da prioridade,
por exemplo. Nós queremos que a rede SUS se fortaleça com o nosso trabalho”.
Nara Monte Arruda – União
Nacional dos Estudantes (UNE)
“A juventude representa quase
um quarto da nossa população, há muita força e muita ousadia na nossa luta.
Nossa contribuição será para uma gestão ampla e de todos, num trabalho
coletivo, para que a gente possa resistir ao desmonte do SUS e sustentar a
nossa democracia”.
Solimar Mendes – União
Nacional de Auditores do SUS (Unasus/Sindical)
“Já estamos na luta junto com
o controle social há algum tempo através da auditoria e fiscalização do SUS.
Queremos dar uma contribuição nesse momento político atípico, onde teremos que
unir mais força para defender as causas sociais. Queremos o emprego correto das
verbas de saúde. Quando há desvio na saúde, isso deveria ser considerado crime
hediondo, porque quando desviam do SUS, pessoas morrem pela falta de
atendimento na saúde”
Geridice Moraes – Associação
Brasileira de Alzheimer (Abraz)
“Eu sou trabalhadora do SUS há
20 anos, enfermeira da Estratégia de Saúde da Família. Milito em defesa da
pessoa idosa. Quero lutar para que as pessoas que têm Alzheimer sejam bem
cuidadas em todas as esferas, municiais, estaduais e federal. Eu vejo ainda um
sofrimento grande de muitas pessoas que não têm diagnóstico, muitas famílias
não ainda sabem cuidar. Quero que essas pessoas sejam muito bem tratadas, com
políticas públicas que aconteçam de verdade”.
Elisabete Pimenta Araújo Pas –
Conselho Federal de Enfermagem (Cofen)
“Queremos contribuir na defesa
e fortalecimento do SUS, por um Sistema Único de Saúde de qualidade e sem
discriminação entre quem pode e quem não pode. O SUS é de todos e nossa luta é
social. Nosso dever é melhorá-lo e fortalecê-lo, principalmente para que ele
seja um sistema universal”.
Antônio Magno Borba –
Confederação Nacional de Saúde
“Temos muito a contribuir.
Sentimos nos hospitais, nos laboratórios e nas clínicas o que o povo realmente
precisa. Sabemos o que as empresas [de saúde] necessitam para executar esse
trabalho. Acreditamos que, com isso, podemos contribuir muito com o Sistema
Único de Saúde”.
Bruno Almeida Abreu –
Confederação Nacional da Indústria (CNI)
“Queremos trazer equilíbrio
para as discussões e tentar colaborar o máximo possível para que tenhamos um
conselho bastante propositivo e auxiliar das decisões, marcando posicionamento
bastante efetivo na gestão da saúde e do SUS”
Fonte: Conselho Nacional de Saúde
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