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sábado, 15 de dezembro de 2018

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE, GESTÃO 2018 -2021, 143 Conselheiros, 60 novos. FERNANDO PIGATTO (REPRESENTANTE DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS MORADORES -CONAM) É O NOVO PRESIDENTE


O Conselho Nacional de Saúde (CNS) encerrou seu processo eleitoral para a gestão 2018-2021 nesta sexta (14/12). Ao todo, 143 são conselheiros e conselheiras entre titulares e suplentes. Desses, 60 são novos nomes que vão ter a importante função de deliberar e fiscalizar as políticas de saúde no Brasil. Entre os titulares, a seguir, as 10 novas pessoas que vão contribuir com o controle social do Sistema Único de Saúde (SUS).

Durante a posse política dos conselheiros e conselheiras, realizada ontem no Hotel Nacional, em Brasília, o ex-presidente do CNS Ronald dos Santos, emocionado, declarou. “Esse é um momento de celebração do nosso povo e da democracia”. O novo presidente do CNS é Fernando Pigatto, representante da Confederação Nacional dos Moradores (Conam), eleito entre os conselheiros e conselheiras para a próxima gestão.

Ruth Guilherme – Associação Brasileira de Nutrição-Asbran (Asbran)
“Nossa preocupação social é com a fome, a desnutrição e também com a obesidade. Há um percentual elevado de sobrepeso e obesidade entre os trabalhadores. Queremos olhar para essas pessoas. Dar alimentação não é suficiente. Temos que ter alimentação com qualidade e segurança para evitar transtornos alimentares e doenças. Passamos muito tempo no Mapa da Fome, depois conseguimos sair, porém saímos da subnutrição para a obesidade. Como nutricionista, quero contribuir com um olhar para essa área”.

Mário Nicácio – Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab)
“Nosso papel é transformar as ações em realidade. Vou trazer as reivindicações, demandas e problemas que temos nas comunidades indígenas para debater no CNS. A falta de médicos com a saída dos médicos cubanos dos Mais Médicos atingiu bastante nossos povos. Quero aproximar nossos povos do conselho e abrir diálogo”.


Laís Alves de Souza Bonilha – Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia (Abenfisio)
“Esse momento é muito importante, vivemos uma situação de grandes ameaças aos direitos conquistados pela população e um deles é a saúde. Assumimos o compromisso, a partir do controle social, de lutar em defesa do SUS, da saúde e da vida da população brasileira”.



Albanir Santana – Federação Nacional das Apaes (Fenapaes)
“Nós trazemos a luta de direitos para as pessoas com deficiência. Tem muita coisa que já conquistamos, mas ainda falta conquistarmos muito mais. Em muitos lugares ainda não se respeitam as causas das pessoas com deficiência, como a questão da prioridade, por exemplo. Nós queremos que a rede SUS se fortaleça com o nosso trabalho”.

Nara Monte Arruda – União Nacional dos Estudantes (UNE)
“A juventude representa quase um quarto da nossa população, há muita força e muita ousadia na nossa luta. Nossa contribuição será para uma gestão ampla e de todos, num trabalho coletivo, para que a gente possa resistir ao desmonte do SUS e sustentar a nossa democracia”.


Solimar Mendes – União Nacional de Auditores do SUS (Unasus/Sindical)
“Já estamos na luta junto com o controle social há algum tempo através da auditoria e fiscalização do SUS. Queremos dar uma contribuição nesse momento político atípico, onde teremos que unir mais força para defender as causas sociais. Queremos o emprego correto das verbas de saúde. Quando há desvio na saúde, isso deveria ser considerado crime hediondo, porque quando desviam do SUS, pessoas morrem pela falta de atendimento na saúde”

Geridice Moraes – Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz)
“Eu sou trabalhadora do SUS há 20 anos, enfermeira da Estratégia de Saúde da Família. Milito em defesa da pessoa idosa. Quero lutar para que as pessoas que têm Alzheimer sejam bem cuidadas em todas as esferas, municiais, estaduais e federal. Eu vejo ainda um sofrimento grande de muitas pessoas que não têm diagnóstico, muitas famílias não ainda sabem cuidar. Quero que essas pessoas sejam muito bem tratadas, com políticas públicas que aconteçam de verdade”.

Elisabete Pimenta Araújo Pas – Conselho Federal de Enfermagem (Cofen)
“Queremos contribuir na defesa e fortalecimento do SUS, por um Sistema Único de Saúde de qualidade e sem discriminação entre quem pode e quem não pode. O SUS é de todos e nossa luta é social. Nosso dever é melhorá-lo e fortalecê-lo, principalmente para que ele seja um sistema universal”.

Antônio Magno Borba – Confederação Nacional de Saúde
“Temos muito a contribuir. Sentimos nos hospitais, nos laboratórios e nas clínicas o que o povo realmente precisa. Sabemos o que as empresas [de saúde] necessitam para executar esse trabalho. Acreditamos que, com isso, podemos contribuir muito com o Sistema Único de Saúde”.


Bruno Almeida Abreu – Confederação Nacional da Indústria (CNI)
“Queremos trazer equilíbrio para as discussões e tentar colaborar o máximo possível para que tenhamos um conselho bastante propositivo e auxiliar das decisões, marcando posicionamento bastante efetivo na gestão da saúde e do SUS”



Fonte: Conselho Nacional de Saúde

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