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sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

MINISTRO INDICADO POR BOLSONARO, PARA A SAÚDE, VISITOU A FACULDADE DE MEDICINA DA USP E OUVIU AS DEMANDAS DO GRUPO


Nesta quinta-feira(13), o futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, indicado para o futuro governo Bolsonaro, visitou a Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo.

Ele se reuniu com professores e representantes de entidades médicas e da indústria farmacêutica, onde estiveram a MSD, Novartis, AbbVvie, dentre outras.  No encontro, o futuro ministro falou dos problemas que a pasta irá enfrentar a partir do ano que vem e ouviu sugestões das organizações.

De acordo com Luiz Henrique Mandetta, o foco da gestão será na atenção básica. “Eu não peço arrego, eu vou lutar pelo SUS.


Na foto: Giovanni Guido Cerri com o ministro indicado, Luiz Henrique Mandetta

Serei o ministro da atenção básica. Nós vamos ter que resgatar a atenção básica nesse país”, disse.  “É inadmissível a mortalidade materna do jeito que tá e a gente está conformado com isso. É inadmissível o sífilis do jeito que está e agente achar que não tem nada a ver com isso.”

O futuro ministro criticou as pessoas que defendem o fim do SUS e recomendou que elas apresentem alternativas.

Luiz Henrique Mandetta também chamou a atenção para os baixos índices de vacinação do país. De acordo com dados do programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, a cobertura de vacinas em bebês e em crianças atingiu o nível mais baixo dos últimos 16 anos. E pela primeira vez, a meta da pasta de ter 95% da população-alvo vacinada não foi alcançada.

Sobre o Complexo Industrial da Saúde, evidenciou seu alinhamento com o projeto de Governo, sua importância no desenvolvimento local, regional e nacional, o impacto positivo na balança de pagamentos internacionais, a ligação com Academia, a produção de medicamentos de custos elevados para o SUS, e, destacou experiências exitosas com o desenvolvimento de algumas empresas brasileiras que já produzem, localmente, 50% de suas demandas de Ativos Farmacêuticos em seus medicamentos, alguns até patenteados. Por outro lado tem a clareza que muitos projetos deverão revistos e reorganizados.

Reconhece e aprova o interesse nacional em dominar determinadas tecnologias, como a chamada autossuficiência no processamento do plasma brasileiro, mas mostrou preocupação com projetos gigantescos instalados fora dos grandes centros (disponibilidade e demanda) o que onera os cofres públicos e dificulta o processo logístico, questionando o que fazer com a “gigantobrás” em clara referência à Hemobrás – que está no topo da lista de privatizações do novo governo. Localizada no interior de Pernambuco, onde não tem suficiente disponibilidade da nobre matéria prima que é o plasma, e, os grandes centros consumidores, estão no centro sul... então levamos plasma para processamento – o que ainda não ocorre – em Goiânia, de lá mandamos para o exterior, volta para o mesmo local, e, de Pernambuco temos que arcar com a logística até o ponto de consumo. Em forma “jocosa” registrou que gostaria levar a planta para a cidade dele, mas que não é coerente...

Sobre a estruturação da Equipe deixou claro que está montando com cuidado, dentro dos parâmetros estabelecidos pelo presidente eleito, Jair Messias Bolsonaro, e que alguns membros já estão trabalhando no grupo de transição. Confirmado o João Gabbardo que foi secretário de saúde no RS e membro do CONASS será o secretário executivo do MS durante sua gestão. Sinalizou com  a manutenção de um dos atuais secretários da pasta. Deixou transparecer que para algumas secretárias a seleção não está fácil, tendo em vista a grande especificidade das responsabilidades, como é o caso da SCTIE.

A destacada prioridade com a atenção básica e com doenças sexualmente transmissíveis pode representar uma oportunidade para a reconstrução da vocação original dos laboratórios oficiais, que tem potencial para atender às demandas dos eventuais produtos de baixo interesse comercial das chamadas “Bigfarmas”, além de resgatar o papel social da REDE produtora pública de medicamentos, proporcionando eficácia, segurança e o alargamento do acesso dos brasileiros a medicamentos, com reduzidos impactos aos cofres públicos.

Depois de mais de 4 horas, ouvindo todos os presentes, que se identificaram e se manifestaram, e depois de responder às questões, encerrou o encontro com mensagens de grande otimismo e confiança dizendo que teremos no ministério um grupo competente que certamente agrará a todos.


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