O
procurador Júlio Marcelo de Oliveira, do Ministério Público de
Contas no TCU, pediu ao ministro Augusto Nardes que anule uma licitação
das redes sociais do Ministério da Saúde no valor de R$ 49,5 milhões.
Motivo: grande disparidade entre os preços vencedores e as práticas de
mercado, além de considerar que a licitação deveria ter sido feita pelo futuro
governo, uma vez que todo o contrato será na gestão de Jair Bolsonaro e
não de Michel Temer.
As
vencedoras foram a FSB, a CDN e a DigitalGroup. Além dessas
três, participaram do certame Monumenta, IComunicação, Isobar, Casa
Digital e A2C.
Uma
das vencedoras, a DigitalGroup, apresentou para um dos serviços o preço de R$
410 mil, enquanto o preço mais baixo, apresentado por outra empresa para o
mesmo serviço, a Isobar, foi R$ 2,1 mil. Uma diferença
estratosférica quase 19.000%
Júlio
Marcelo pede ainda que seja ouvida a assessoria de comunicação do Ministério da
Saúde sobre a diferença dos preços.
Diz
o procurador:
—
Trata-se de concorrência conduzida no apagar das luzes desta gestão, para
contratação nova de alto valor (quase R$ 50 milhões), com objeto vago e mal
definido, que parece ter mais a finalidade de gastar a dotação orçamentária
ainda disponível que a de atender uma necessidade da administração pública. Não
faz sentido o atual governo avaliar propostas de comunicação para o próximo
governo.
POR
GUILHERME AMADO Ailton de Freitas | Agência O Globo
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