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quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Pacientes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica não têm risco cardiovascular


Conclusão é de estudo da USP, que indica o cálcio na artéria coronária como forma de estratificar o risco

De acordo com um estudo da Universidade de São Paulo (USP), coordenado pelo pesquisador Raul Santos, pacientes com hipercolesterolemia familiar (HF) heterozigótica não apresentaram risco cardiovascular, mostrando que o cálcio na artéria coronária (CAC) era uma boa maneira de estratificar o risco nesse grupo.

Na pesquisa, metade das 206 pessoas com mutações genéticas devido à HF tinha uma pontuação CAC de 0, indicando nenhuma carga de placa aterosclerótica subclínica. De fato, a taxa de eventos cardiovasculares foi de zero nos 3,7 anos seguintes de acompanhamento.

Por outro lado, portadores de mutação de HF com escores de CAC de 1 a 100 e superiores tiveram 26,44 e 44,07 eventos por mil pacientes por ano, respectivamente. Quase metade dos eventos foram desfechos difíceis (infartos fatais e não fatais, angina instável e AVC fatal).

O CAC foi um preditor independente de eventos incidentes de doença cardiovascular aterosclerótica. “Em nosso estudo, a carga aterosclerótica coronariana subjacente, como determinado pelo CAC, um substituto estabelecido de doença aterosclerótica coronariana, foi significativamente heterogênea”, explica Santos.

Os participantes do estudo eram pacientes com HF (idade média de 45 anos, 36,4% homens). Mais de dois terços já usavam estatinas na entrada do estudo (7,7 anos de uso, em média). O colesterol LDL foi de 269mg/dl no início e 150mg/dl no tratamento. Até o final do acompanhamento, 96,6% usavam estatinas. O estudo recomendou que pacientes com CAC zero não parassem completamente as estatinas, mas que tivessem esse fator em consideração aos inibidores da PCSK9 e a outras novas terapias.

Fonte:univadis


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