Conclusão é de estudo da USP,
que indica o cálcio na artéria coronária como forma de estratificar o risco
De acordo com um estudo da
Universidade de São Paulo (USP), coordenado pelo pesquisador Raul Santos,
pacientes com hipercolesterolemia familiar (HF) heterozigótica não apresentaram
risco cardiovascular, mostrando que o cálcio na artéria coronária (CAC) era uma
boa maneira de estratificar o risco nesse grupo.
Na pesquisa, metade das 206
pessoas com mutações genéticas devido à HF tinha uma pontuação CAC de 0,
indicando nenhuma carga de placa aterosclerótica subclínica. De fato, a taxa de
eventos cardiovasculares foi de zero nos 3,7 anos seguintes de acompanhamento.
Por outro lado, portadores de
mutação de HF com escores de CAC de 1 a 100 e superiores tiveram 26,44 e 44,07
eventos por mil pacientes por ano, respectivamente. Quase metade dos eventos
foram desfechos difíceis (infartos fatais e não fatais, angina instável e AVC
fatal).
O CAC foi um preditor
independente de eventos incidentes de doença cardiovascular aterosclerótica.
“Em nosso estudo, a carga aterosclerótica coronariana subjacente, como
determinado pelo CAC, um substituto estabelecido de doença aterosclerótica
coronariana, foi significativamente heterogênea”, explica Santos.
Os participantes do estudo
eram pacientes com HF (idade média de 45 anos, 36,4% homens). Mais de dois
terços já usavam estatinas na entrada do estudo (7,7 anos de uso, em média). O
colesterol LDL foi de 269mg/dl no início e 150mg/dl no tratamento. Até o final
do acompanhamento, 96,6% usavam estatinas. O estudo recomendou que pacientes
com CAC zero não parassem completamente as estatinas, mas que tivessem esse
fator em consideração aos inibidores da PCSK9 e a outras novas terapias.
Fonte:univadis
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