O Instituto de Tecnologia do
Paraná (Tecpar) obteve junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) o registro do Trastuzumabe, medicamento usado para o tratamento do
câncer de mama metastático. Em 2018, o instituto já forneceu 100% da demanda do
Ministério da Saúde pelo produto e em 2019 o Tecpar passará a abastecer o
Sistema Único de Saúde (SUS) com o medicamento já registrado em seu nome.
Esta é mais uma etapa da
consolidação do Tecpar no projeto de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo
(PDP), do Ministério da Saúde. A PDP do Trastuzumabe iniciou-se com o
fornecimento do produto com o registro da Roche, parceira do instituto, e
seguirá até a produção do medicamento pelo Tecpar, após a transferência de tecnologia
pela companhia farmacêutica suíça.
De acordo com o
diretor-presidente do Tecpar, Júlio C. Felix, o registro do Trastuzumabe na
Anvisa, em nome do Tecpar, reforça o protagonismo do instituto paranaense na
saúde pública brasileira. “Estamos caminhando para consolidar o instituto e o
Paraná como detentor de plataformas tecnológicas avançadas na área da saúde,
para garantir ao SUS o fornecimento de medicamentos necessários para atender
com qualidade a população brasileira”, destaca.
No futuro, o Trastuzumabe será
produzido no Centro de Desenvolvimento e Produção de Medicamentos Biológicos do
Tecpar, em Maringá, projeto que já tem garantido investimento de R$ 200 milhões
do Governo do Estado e do Ministério da Saúde. O recurso será usado para
construção e aquisição de equipamentos.
Entre os medicamentos que
serão produzidos no local, dentro da Plataforma de Biológicos Oncológicos,
estão, além do Trastuzumabe, os medicamentos indicados para o tratamento de
câncer Rituximabe e Bevacizumabe. Já a Plataforma de Biológicos para Doenças
Autoimunes fornecerá os produtos indicados para o tratamento de artrite
reumatoide Infliximabe, Adalimumabe e Etanercepte.
Outra linha de cuidados do
Tecpar está sendo desenvolvida com o Centro de Desenvolvimento e Produção de
Medicamentos Sintéticos, unidade do instituto voltada a medicamentos sintéticos
localizado no câmpus da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). O
instituto investirá, com recursos do Ministério da Saúde, R$ 35,9 milhões para
a modernização do centro. A unidade terá escala industrial, com capacidade de
produção de 200 milhões de comprimidos/ano e 100 milhões de cápsulas/ano,
quantidades suficientes para suprir a demanda do Ministério da Saúde com
medicamentos definidos como estratégicos pelo Tecpar. Entre os medicamentos
selecionados para fornecer ao SUS estão os usados no tratamento do câncer de
mama, Anastrazol e Letrozol, e para o tratamento de câncer de próstata,
Abiraterona.
Fonte: Portal Tecpar
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