Profissionais de saúde e
cidadãos já contam com o VigiMed, novo sistema de gerenciamento de registro,
processamento e compartilhamento de eventos adversos de medicamentos e vacinas.
O VigiMed foi lançado nesta segunda-feira (10/12), na sede da Anvisa, em
Brasília.
Junto com os relatos de
eventos adversos de mais de 120 países, as notificações do Brasil contribuirão
para o monitoramento da segurança de medicamentos em nível mundial.
“A Organização Mundial da
Saúde criou esse sistema que há anos vem sendo aperfeiçoado e agora o envio de
informações, que antes era obrigatório transcrever e enviar para a OMS, será
feito de forma automática. Teremos um salto de qualidade no monitoramento,
acompanhando outras agências”, afirma o diretor-presidente da Anvisa, William
Dib. Segundo ele, toda a população será beneficiada em relação à qualidade e à
segurança dos produtos.
O sistema eletrônico VigiMed
substituirá o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária (Notivisa)
somente nos casos de eventos adversos relacionados ao uso de medicamentos e
vacinas. Para eventos adversos e queixas técnicas associados ao uso de outros
produtos e serviços sob vigilância sanitária continuará sendo utilizado, em
todo o território nacional, o Notivisa.
“A gente pretende combater a
subnotificação, ampliar o número de notificação e tornar a Anvisa mais próxima
do paciente, dos hospitais e dos médicos, estabelecendo um canal de comunicação
mais eficiente”, explica a titular da Gerência Geral de Monitoramento de
Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária (GGMON), Fernanda Rebelo.
A transição entre os sistemas
Notivisa e VigiMed ocorrerá de forma gradual, já que, inicialmente, as páginas
dos dois sistemas estarão vinculadas.
A gerente Técnica Regulatória
do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo
(Sindusfarma), Maiara Rigotto, participou do evento e comemorou o lançamento do
VigiMed. “Este sistema vai facilitar os relatos das empresas, dos profissionais
de saúde e de toda a população. Isso vai melhorar a qualidade dos relatos das
notificações, além de permitir que todos fiquem mais participativos na
farmacovigilância”, destacou a representante do Sindusfarma.
As notificações de eventos adversos
do VigiMed no Brasil serão cadastradas automaticamente no banco de dados
nacional, para então serem enviadas ao banco de dados mundial da OMS,
respeitando as determinações da Lei 13.709/2018, que dispõe sobre a proteção de
dados pessoais. As notificações são mantidas sob sigilo e só podem ser
acessadas pela Anvisa e pelas Vigilâncias Sanitárias estaduais e municipais,
além do próprio notificante.
A adoção do VigiMed é
resultado de uma parceria da Gerência de Farmacovigilância (GFARM) da Anvisa
com o Centro de Monitoramento de Uppsala (Uppsala Monitoring Centre – UMC),
localizado na cidade de Uppsala, na Suécia. Desde 1978, o UMC é responsável
pela operacionalização do Programa Internacional de Monitoramento de
Medicamentos (PIMM) da OMS e fornece suporte ao desenvolvimento de sistemas de
farmacovigilância em diversos países associados ao programa, incluindo o
Brasil, que se tornou país-membro em 2001.
Ascom - ANVISA
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