Entre
os dias 14 e 20 de novembro acontece a Semana Mundial de Conscientização do Uso
Prudente de Antimicrobianos. O objetivo é conscientizar a população e
profissionais sobre os riscos e cuidados do uso desse tipo de medicamento. Além
disso, o Ministério da Saúde , em parceria com outras organizações, vem
trabalhando para construir até maio de 2017, um Plano Nacional para
enfrentamento da resistência aos antimicrobianos.
Na
última segunda-feira (14), representantes da Secretaria de Vigilância em Saúde
do Ministério da Saúde (SVS/MS), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA), e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se
reuniram na sede do MS). Segundo o diretor da Secretaria de Vigilância em Saúde
do Ministério da Saúde (SVS/MS), Eduardo Hage, o objetivo do encontro foi
chamar aa atenção de mais pessoas para a importância do assunto. “Como o evento
foi transmitido de maneira virtual, conseguimos ampliar a participação das
pessoas para conhecer o problema e ainda o que está sendo em termos de plano
nacional”, conta.
Medicamentos
antimicrobianos não são apenas os conhecidos antibióticos. Eles também podem
ser antivirais e antirretrovirais, por exemplo. O problema é que o uso
irregular e sem controle pode acabar gerando um problema grave: a resistência
antimicrobiana. Segundo informações da campanha internacional de 2016,
atualmente este é um dos maiores problemas para a saúde global, pois pode afetar
qualquer pessoa, de qualquer idade, e em qualquer país.
Quando
uma bactéria se torna resistente ao medicamento, ela acaba resultando em
doenças mais graves, e com maior número de mortos. E na contramão desse tipo de
resistência, faltam novos antibióticos para substituir os antigos que não
funcionam mais.
Como
parte dessa agenda, um Plano Nacional, é o desafio proposto pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) para todos os países do mundo. Um Plano capaz de freiar
o uso irregular e evitar que novas resistências apareçam. Para Julia Souza
Vidal, da ANVISA, por se tratar de um problema muito complexo, e que demanda
soluções complexas, é muito importante que haja cooperação entre diversos
setores e órgãos. “O importante é integrar todas as competências para propor
soluções efetivas para a resistência microbiana. E a gente espera que este
plano reflita em soluções que atendam o problema”.
Já
para Jorge Caetano, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDA/Mapa), estar envolvido no Plano é
uma oportunidade de expor as demandas que também atingem este setor. “Animais
também usam antibióticos na fase de produção, então essa discussão precisa
contemplar todos os segmentos. Estamos muito felizes de participar junto com o
Ministério da Saúde dessa discussão”.
Aline
Czezacki, para o Blog da Saúde
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