A ideia é, além de exterminar
larvas de mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, não contaminar a
água ou o solo com produtos químicos e nem agredir o ser humano
Foto: Leon Botão
Um dos projetos selecionados
na Chamada Pública para apoiar projetos de pesquisa no combate ao vírus zika e
no enfrentamento ao Aedes aegypti, traz como estratégia o combate
às larvas do mosquito através da ação fotodinâmica. A técnica do grupo de
pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal de São
Carlos é simples: “As larvas vão comer um pozinho que é colocado na água e elas
vão morrer, como se fossem queimadas, quando entrarem em contato com a luz”,
explica um dos coordenadores do estudo, Vanderlei Salvador Bagnato.
A água já é um ambiente que as larvas costumam estar. As fêmeas do Aedes se reproduzem depositando os ovos em diferentes locais onde esteja água parada. Se a fêmea do mosquito já estiver infectada pelo vírus da dengue, zika, chikungunya ou febre amarela, as larvas podem nascer com o vírus. Logo, impedir o desenvolvimento das larvas é uma ação importante para acabar com as doenças relacionadas.
A água já é um ambiente que as larvas costumam estar. As fêmeas do Aedes se reproduzem depositando os ovos em diferentes locais onde esteja água parada. Se a fêmea do mosquito já estiver infectada pelo vírus da dengue, zika, chikungunya ou febre amarela, as larvas podem nascer com o vírus. Logo, impedir o desenvolvimento das larvas é uma ação importante para acabar com as doenças relacionadas.
Com mais de dois anos de
estudos e trabalhos publicados, o objetivo desse grupo, além de exterminar as
larvas, era desenvolver uma tecnologia que não contaminasse a água ou o solo
com produtos químicos. Por isso foi utilizado nos experimentos uma substância
que facilmente pode ser encontrada na flora brasileira.
“O princípio desse estudo é fazer a larva ingerir uma substância que quando ativada pela luz possa produzir um ação tóxica que a mate. Então da raiz da curcumina (açafrão) nós extraímos uma molécula e a transformamos em pó”, detalha o coordenador da pesquisa. Quando esse produto é jogado em poças ou na água do prato das plantas, as larvas vão comer.
Foto: Divulgação
“O princípio desse estudo é fazer a larva ingerir uma substância que quando ativada pela luz possa produzir um ação tóxica que a mate. Então da raiz da curcumina (açafrão) nós extraímos uma molécula e a transformamos em pó”, detalha o coordenador da pesquisa. Quando esse produto é jogado em poças ou na água do prato das plantas, as larvas vão comer.
Foto: Divulgação
O pó pode ser seja jogado durante a noite, para que quando a
luz do sol aparecer, as larvas já o tenham comido e assim sejam exterminadas. O
efeito da substância pode ser ativado tanto pela luz solar, como pela
artificial. A água, nesses ambientes, não terá as características modificadas,
já que a própria luz também faz com que a substância, derramada em pó,
desapareça por foto degradação.
O grupo tem 36 meses para entregar o resultado final da pesquisa ao Ministério da Saúde. Atualmente, já está em andamento a experiência em viveiros e, posteriormente, chegará a simular a situação real, de campo. O coordenador do projeto, que usa a fotodinâmica para o combate ao Aedes, reforça a importância da iniciativa: “Eu acho uma iniciativa importante e que dará uma grande contribuição, junto a outras iniciativas, para resolver o problema. No combate ao vetor é importante a combinação de projetos e esse é um ingrediente com um produto amigável ao meio ambiente”, finaliza Vanderlei Salvador Bagnato.
Participam desse grupo de pesquisa pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, em parceria com o Departamento de Hidráulica (também da USP) e com o Departamento de Hidrobiologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Investimento
O Governo Federal divulgou a relação dos 69 estudos sobre prevenção, diagnóstico e tratamento do vírus zika e doenças correlacionadas, selecionados na chamada pública conjunta, no valor de R$ 65 milhões, lançada no primeiro semestre deste ano com recursos do Decit/SCTIE/MS, CNPq/MCTIC e Capes/MEC. O objetivo do Governo Federal é potencializar a produção de conhecimento científico e tecnológico para o enfrentamento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) declarada em função da alteração do padrão de ocorrência de microcefalia no Brasil, decorrente da infecção pelo vírus zika.
Acesse a lista de projetos selecionados
Gabi Kopko, para o Blog da Saúde
O grupo tem 36 meses para entregar o resultado final da pesquisa ao Ministério da Saúde. Atualmente, já está em andamento a experiência em viveiros e, posteriormente, chegará a simular a situação real, de campo. O coordenador do projeto, que usa a fotodinâmica para o combate ao Aedes, reforça a importância da iniciativa: “Eu acho uma iniciativa importante e que dará uma grande contribuição, junto a outras iniciativas, para resolver o problema. No combate ao vetor é importante a combinação de projetos e esse é um ingrediente com um produto amigável ao meio ambiente”, finaliza Vanderlei Salvador Bagnato.
Participam desse grupo de pesquisa pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, em parceria com o Departamento de Hidráulica (também da USP) e com o Departamento de Hidrobiologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Investimento
O Governo Federal divulgou a relação dos 69 estudos sobre prevenção, diagnóstico e tratamento do vírus zika e doenças correlacionadas, selecionados na chamada pública conjunta, no valor de R$ 65 milhões, lançada no primeiro semestre deste ano com recursos do Decit/SCTIE/MS, CNPq/MCTIC e Capes/MEC. O objetivo do Governo Federal é potencializar a produção de conhecimento científico e tecnológico para o enfrentamento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) declarada em função da alteração do padrão de ocorrência de microcefalia no Brasil, decorrente da infecção pelo vírus zika.
Acesse a lista de projetos selecionados
Gabi Kopko, para o Blog da Saúde
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