Tem início no próximo domingo (7), em São Paulo, o encontro
do Movimento Latino-americano e do Caribe de Mulheres Positivas (MLCM+), que
reunirá ativistas pelos direitos da população com HIV. Evento definirá um plano
de trabalho para o quadriênio 2018-2022, além de discutir violência de gênero,
direito à saúde sexual e reprodutiva, estigma, discriminação e desafios
associados aos movimentos migratórios. Iniciativa tem a participação do Fundo
de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Aids
(UNAIDS).
Distribuição de contraceptivos
e materiais de informação sobre HIV e Aids.
Esta é a primeira conferência
do movimento após mais de uma década sem reuniões. Atividades vão até
quarta-feira (10). O evento também vai abordar os métodos de prevenção
combinada atualmente disponíveis para as mulheres com HIV.
Fundada em 1999, a articulação
regional tem representação ativa em 13 nações — Colômbia, Guatemala, Paraguai,
México, Venezuela, Argentina, Bolívia, Peru, Chile, Honduras, Brasil, Cuba e
Panamá. As ativistas Jacqueline Côrtes, Jenice Pizão e Silvia Aloia são as
representantes do Brasil.
O UNFPA apresentará os marcos
globais da Agenda do Cairo, que completa 25 anos em 2019. O organismo também
explicará as legislações nacionais que regem as políticas públicas de saúde
sexual e reprodutiva.
Segundo o especialista do
Fundo de População, Caio Oliveira, debater as políticas de direitos sexuais em
um contexto latino-americano é importante para compartilhar as experiências
vividas pelas mulheres nos países e identificar desafios.
“Com isso, pode ser possível
desenvolver um plano regional para apoiar a resposta à epidemia de HIV/Aids
referente a essa população. Nesse sentido, é fundamental o papel do MLCM+ no
processo de articulação regional, aproximando os países num modelo de
cooperação mútua e horizontal”, ressalta Oliveira.
O Departamento de Vigilância,
Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, do Ministério
da Saúde, também participará das atividades, assim como o Programa Estadual de
IST/Aids de São Paulo. A sigla IST se refere às infecções sexualmente
transmissíveis. O evento acontece no Hotel Braston
Foto: UNFPA/UNFPA
Brasil/Solange Souza
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