O maior perdedor foi o MDB,
que caiu de 66 em 2014 para 34 eleitos em 2018, Direita cresceu com PSL
As eleições de 2018 trouxeram
a maior renovação para o Congresso Nacional desde 1990, segundo o
levantamento “Novo Congresso Nacional em Números”, em
anexo, do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar). Todos os partidos de centro e centro-direita, com exceção do
PRB, perderam cadeiras na eleição.
Esses partidos foram decisivos
na última legislatura, porque deram fundamentação para o impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O maior perdedor foi o MDB, que caiu de
66 em 2014 para 34 eleitos em 2018.
A representação da direita
cresceu puxada, principalmente, pelo PSL, que passou de 8 para 52 cadeiras. No
campo da esquerda, os partidos com melhor desempenho foram Psol, que passou de
6 para 10 deputados e o PSB, que subiu de 26 para 32.
Das 513 vagas disputadas na
Câmara, apenas 77 foram preenchidas por mulheres, cerca de 15% do total.
Os deputados de 1º mandato na Casa serão 269.
Já os que já exerceram mandato
ou função pública –mesmo que não na Câmara– serão 372. Destes, 141 foram
eleitos em função da relação de parentesco com políticos tradicionais,
lideranças evangélicas, policiais linha dura ou celebridades.
Os eleitos na Câmara possuem
média de idade de 49 anos. Apenas 27 foram eleitos com os próprios votos, o
restante não alcançou sozinho o quociente eleitoral. A mais velha eleita é
Erundina (Psol) com 83 anos e a mais nova é Luisa Canziani (PTB), com 22 anos.
Mais de 80% tem nível
superior, cerca de 8% tem nível médio e 7% tem curso superior incompleto.
Mais de 75% se declaram
brancos contra cerca de 20% que se declaram negros ou pardos.
A cláusula de
desempenho foi 1 dos entraves nas eleições de 2018. Apenas 21 partidos
alcançaram o mínimo, o que deve reduzir a correlação de forças na Câmara que
antes tinha 25 legendas representadas na Casa.
SENADO
Entre os senadores, a mudança
foi ainda maior. Apenas 8 dos 33 que buscavam reeleição conseguiram se manter
na Casa.
Segundo o Diap, dos 46 novos
senadores, pelo menos 40 nunca foram senadores e 9 nunca ocuparam cargos
públicos, nem eleitos nem nomeados para função de confiança.
PODER360
Anexo:
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