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domingo, 14 de outubro de 2018

Partidos de centro e centro-direita perderam espaço no Congresso, diz Diap


O maior perdedor foi o MDB, que caiu de 66 em 2014 para 34 eleitos em 2018, Direita cresceu com PSL

As eleições de 2018 trouxeram a maior renovação para o Congresso Nacional desde 1990, segundo o levantamento Novo Congresso Nacional em Números”, em anexo, do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar). Todos os partidos de centro e centro-direita, com exceção do PRB, perderam cadeiras na eleição.

Esses partidos foram decisivos na última legislatura, porque deram fundamentação para o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O maior perdedor foi o MDB, que caiu de 66 em 2014 para 34 eleitos em 2018.

A representação da direita cresceu puxada, principalmente, pelo PSL, que passou de 8 para 52 cadeiras. No campo da esquerda, os partidos com melhor desempenho foram Psol, que passou de 6 para 10 deputados e o PSB, que subiu de 26 para 32.

Das 513 vagas disputadas na Câmara, apenas 77 foram preenchidas por mulheres, cerca de 15% do total.

Os deputados de 1º mandato na Casa serão 269.

Já os que já exerceram mandato ou função pública –mesmo que não na Câmara– serão 372. Destes, 141 foram eleitos em função da relação de parentesco com políticos tradicionais, lideranças evangélicas, policiais linha dura ou celebridades.

Os eleitos na Câmara possuem média de idade de 49 anos. Apenas 27 foram eleitos com os próprios votos, o restante não alcançou sozinho o quociente eleitoral. A mais velha eleita é Erundina (Psol) com 83 anos e a mais nova é Luisa Canziani (PTB), com 22 anos.

Mais de 80% tem nível superior, cerca de 8% tem nível médio e 7% tem curso superior incompleto.

Mais de 75% se declaram brancos contra cerca de 20% que se declaram negros ou pardos.

cláusula de desempenho foi 1 dos entraves nas eleições de 2018. Apenas 21 partidos alcançaram o mínimo, o que deve reduzir a correlação de forças na Câmara que antes tinha 25 legendas representadas na Casa.

SENADO

Entre os senadores, a mudança foi ainda maior. Apenas 8 dos 33 que buscavam reeleição conseguiram se manter na Casa.

Segundo o Diap, dos 46 novos senadores, pelo menos 40 nunca foram senadores e 9 nunca ocuparam cargos públicos, nem eleitos nem nomeados para função de confiança.

PODER360

Anexo:



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