Antes
restrito às usuárias de drogas e mulheres em situação de rua, implante
subdérmico poderá ser uma opção para as adolescentes em situação de
vulnerabilidade social muito alta que queiram evitar a gravidez
A
prefeitura de São Paulo divulgou no começo do mês de abril decreto que
inclui adolescentes na Lei nº 16.806, que dispõe sobre política de proteção às
mulheres em situação de vulnerabilidade pela Rede Pública de Saúde, para terem
acesso gratuito ao implante contraceptivo subdérmico de etonogestrel.
O
contraceptivo já é oferecido nas Unidades Básicas de Saúde do Sistema Municipal
para dependentes químicas e mulheres em situação de rua e agora estará
disponível para jovens em situação de vulnerabilidade social, conforme definido
pelo Índice Paulista de Vulnerabilidade Social – IPVS 2010, elaborado pela
Fundação SEADE.
As
mulheres elegíveis são encaminhadas às Unidades de Saúde de Referência do
município, onde recebem informação sobre planejamento reprodutivo e os
benefícios, riscos, efeitos colaterais e duração dos métodos contraceptivos,
além da garantia de atendimento das intercorrências e o compromisso da equipe
médica de troca do método ou remoção do implante sempre que solicitado.
As
subprefeituras com maior quantidade de famílias com vulnerabilidade social alta
e muito alta (figura anexa):
- Campo Limpo
- Capela do Socorro
- Cidade Ademar
- M’Boi Mirim
- Itaim Paulista
- São Mateus
- São Miguel Paulista
- Vila Prudente
- Guaianases
A
gestação não planejada entre as adolescentes pode ser determinante para seu
desenvolvimento pessoal, social e econômico. No Brasil, um em cada cinco bebês
nasce de uma mãe com idade entre 10 e 19 anos[1].Dessas
mães, de cada cinco, três não trabalham nem estudam[2].
O implante contraceptivo subdérmico de etonogestrel
é um bastonete flexível de 4 cm de comprimento, inserido no braço da mulher. O
hormônio é liberado gradualmente no organismo, com a função de inibir a
ovulação e, assim, impedir a gravidez[3],
devendo ser trocado a cada 3 anos. Quando analisada a eficácia de cada método,
os contraceptivos de longa ação (LARC), como é o implante subdérmico,
atingem as melhores taxas, por isso são considerados mais efetivos[4].(VER TABELA).
Também são periodicamente recomendados pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) para a inclusão na lista básica de
medicamentos ofertados pelos sistemas públicos de saúde de diversos
países.
EFICÁCIA
DOS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
|
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Periodicidade
|
Método
|
Risco de gestação por ano (uso típico)
|
Risco de gestação por ano (uso perfeito)
|
–
|
Nenhuma forma de prevenção
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85 em 100 mulheres
|
85 em 100 mulheres por
|
Métodos de uso contínuo ou de curta ação
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Preservativo
|
18 a 21 em 100 mulheres
|
2 a 5 em 100 mulheres
|
Pílula diária, anel mensal, adesivo semanal
|
90 em 1.000 mulheres
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3 em 1.000 mulheres
|
|
Injetável trimestral
|
60 em 1.000 mulheres
|
2 em 1.000 mulheres
|
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Métodos reversíveis de longa ação
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DIU de cobre
|
8 em 1.000 mulheres
|
6 em 1.000 mulheres
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DIU de levonogestrel
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2 em 1.000 mulheres
|
2 em 1.000 mulheres
|
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Implante de etonogestrel
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5 em 10.000 mulheres
|
5 em 10.000 mulheres
|
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Métodos irreversíveis
|
Laqueadura
|
5 em 1.000 mulheres
|
5 em 1.000 mulheres
|
Vasectomia
|
1,5 em 1.000 mulheres
|
1 em 1.000 mulheres
|
Adaptado
de Trussel et al. Burden of unintended pregnancy in the United
States: potential savings with increased use of long-acting reversible
contraception. 2013;
87(2):154-6.
Sobre
a MSD
Há
mais de um século, a MSD, uma das líderes globais do ramo biofarmacêutico, cria
invenções para a vida, trazendo ao mercado medicamentos inovadores para
combater as doenças mais desafiadoras. MSD é o nome pelo qual é conhecida a
Merck & Co. Inc. fora dos Estados Unidos e do Canadá, que está sediada em
Kenilworth (New Jersey, EUA). Por meio de nossos medicamentos de prescrição,
vacinas, terapias biológicas e produtos de saúde animal, trabalhamos com
clientes em mais de 140 países para oferecer soluções de saúde inovadoras.
Também demonstramos nosso compromisso de melhorar o acesso aos cuidados de
saúde por meio de políticas, programas e parcerias de longo alcance. Hoje em
dia, a MSD continua na linha de frente da área de pesquisa a fim de avançar na
prevenção e no tratamento de doenças que ameaçam pessoas e comunidades ao redor
do mundo – inclusive câncer, doenças cardiometabólicas, doenças emergentes de
animais, Alzheimer e doenças infecciosas como HIV e Ebola. Para mais
informações, acesse www.msd.com e
nos siga no Twitter.
Sobre
a MSD no Brasil
Presente
no Brasil desde 1952, a MSD conta com mais de 1,5 mil funcionários no país, nas
divisões de saúde humana, saúde animal e pesquisa clínica. Para mais informações,
acesse www.msdonline.com.br.
Camilla
Conde
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